O Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) decidiu, nesta segunda-feira (30), alterar o relator e adiar a análise do pedido de habeas corpus da primeira-dama de João Pessoa, Lauremília Lucena. Ela foi presa no último sábado (28) pela Polícia Federal (PF) na terceira fase da Operação Território Livre, que visa combater o aliciamento violento de eleitores e a atuação de organização criminosa nas eleições municipais. Lauremília está, desde então, detida na Penitenciária Júlia Maranhão, em João Pessoa.
O Pleno do TRE-PB determinou que a relatoria do habeas corpus seja transferida do juiz Bruno Teixeira de Paiva para o magistrado Sivanildo Torres Ferreira, que pode decidir individualmente sobre o caso até esta terça-feira (1º) ou encaminhar para decisão do colegiado, que pode ocorrer na quarta-feira (2).
Na decisão que decretou a prisão de Lauremília, a juíza Maria de Fátima Lúcia Ramalho afirmou que a primeira-dama, junto com a secretária particular dela Tereza Cristina, que também foi presa, teria ligação ativa em um esquema envolvendo uma facção criminosa para influenciar as eleições municipais de 2024. No esquema, Lauremília teria nomeado pessoas indicadas pelos criminosos para cargos na Prefeitura de João Pessoa.
Lauremília é casada com Cícero Lucena, atual prefeito de João Pessoa, que busca a reeleição pelo Progressistas e não é citado na operação. A primeira-dama está sendo investigada por crimes como peculato, coação eleitoral e constrangimento ilegal.
com ParlamentoPB