O paraibano Tércio Arnaud, ex-assessor especial da Presidência durante o governo Bolsonaro, disse em depoimento à Polícia Federal (PF) que não se lembrar da reunião entre o ex-presidente e ministros ocorrida no dia 5 de julho de 2022.
A declaração está no depoimento colhido pela PF no inquérito sobre uma tentativa de golpe de Estado para invalidar as eleições de 2022. O documento teve o sigilo retirado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, nesta sexta-feira (15).
Conforme o documento, mesmo alertado de que a PF já havia identificado sua presença na reunião pelo registro em vídeo encontrado no computador do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, Arnaud disse não lembrar “especificamente” do encontro.
“O declarante não recorda especificamente dessa reunião e por isso não consegue dar respostas sobre as circunstâncias que envolveram esse evento”, diz o relatório da PF.
Perguntado se teria cumprido a ordem de Bolsonaro para divulgação de notícias falsas sobre Lula e o processo eleitoral, Arnaud manteve o posicionamento afirmando que, como não se recorda da reunião, não cumpriu a determinação do então presidente.
Alvo da PF
O paraibano Tércio Arnaud Tomaz, ex-assessor de Bolsonaro e considerado um dos pilares do chamado “gabinete do ódio”, foi um dos alvos da operação deflagrada pelo PF no último dia 8 de fevereiro para investigar suspeitos por tentar dar um golpe de Estado no país e invalidar as eleições de 2022.
De acordo com a jornalista Isabela Leite, do portal G1, Tércio estava com Jair Bolsonaro (PL) em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, quando teve o aparelho apreendido.
com Jornal da Paraíba