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Paraíba tem trechos de três rios com qualidade da água regular e ONG alerta para avanço da poluição

Ao menos três trechos de rios que cortam a região de Mata Atlântica na Paraíba foram considerados com Índice de Qualidade da Água (IQA) considerado como ‘regular’.

A informação consta em um relatório produzido pela Organização Não-Governamental (ONG) Fundação SOS Mata Atlântica.

Foram analisadas ao longo do ano de 2023 amostras de água colhidas em trechos dos rios Paraíba (Cabedelo), Jacoca (Conde), Gramame (João Pessoa), Sanhauá (João Pessoa) e Mamanguape (Rio Tinto).

Os trechos dos rios Jacoca, Gramame e Sanhauá, todos na Grande João Pessoa, foram considerados ‘regular’.

De acordo com Gustavo Veronesi, coordenador da causa Água Limpa, da SOS Mata Atlântica, a classificação ‘regular’ no IQA é um “sinal de alerta”.

“A qualidade de água regular, a um primeiro momento, pode parecer que é algo bom, que ela não está tão ruim. Mas, na verdade, é um sinal de alerta, tanto que a gente pinta de amarelo quando chega nessa situação regular para ser um sinal de alerta mesmo, porque é muito fácil piorar”, explicou.

De acordo com Veronesi, “O recuperar, o melhorar é muito lento, é gradual, é difícil, mas poluir é muito fácil então tem que ser um alerta constante”.

“A gente precisa olhar com cuidado para os nossos rios e que, ao momento que ele chegue numa qualidade boa a gente precisa também estar atento para não regredir, para não chegar a uma qualidade regular ou ruim. Então é um estado de atenção constante para que a gente tenha a melhoria da água dos nossos rios para que a gente atinja pelo menos a qualidade de água boa, nos rios da Mata Atlântica”, explicou.

Dois maiores rios do estado têm melhora na qualidade
A versão 2024 do relatório da SOS Mata Atlântica, que conta com dados do ano de 2023, também trouxe que a qualidade da água dos dois principais cursos d’água do estado, o Paraíba e o Mamanguape, teve melhora ao longo do ano, quando comparado com o relatório anterior.

O material divulgado no dia 22 de março apontou que em relação ao ano de 2022 os pontos de monitoramento dos rio Paraíba e Mamanguape saíram de um IQA ‘regular’ para ‘bom’.

Com isso, as águas passam a ser consideradas mais próprias para atividades aquáticas, irrigação e para serem utilizadas para o consumo humano necessitam de passar por processos de tratamento menos complexos.

Sobre o relatório
Segundo a fundação, o relatório apresenta o retrato da qualidade da água em bacias hidrográficas da Mata Atlântica, por meio de dados do IQA – Índice de Qualidade da Água, levantados mensalmente pela rede de pessoas voluntárias que integram o Programa Observando os Rios, da Fundação SOS Mata Atlântica, desde 2015.

O resultado da qualidade da água foi mensurado com base nas coletas e análises mensais realizadas no período de janeiro a dezembro de 2023.

Segundo a ONG, foram realizadas 1.101 análises em 174 pontos de coleta, de 129 rios e corpos d’água, em 80 municípios de 16 estados da Mata Atlântica, por 130 grupos voluntários.

De acordo com a SOS, “houve aumento de todos estes indicadores do Observando os Rios em relação ao ano anterior, apontando uma retomada de participação pós-pandemia”.

Desse universo de amostragem, 14 pontos (8%) estão com média de qualidade boa; 134 (77%) apresentaram qualidade da água regular; 21
(12,1%), ruim e cinco (2,9%), péssima.

Novamente, não houve nenhum ponto com média de qualidade de água ótima.

Apenas 15% dos pontos analisados não possuem condições para usos múltiplos da água, como utilização na agricultura, indústria, abastecimento humano, dessedentação de animais, lazer e esportes.

com ClickPB

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