Lula pede votos para Boulos em 1º de Maio e irrita pré-candidatos, que vão à Justiça Eleitoral

Um pedido de voto feito pelo presidente Lula (PT) durante as comemorações de 1º de Maio em São Paulo gerou reação de pré-candidaturas na disputa pela prefeitura paulistana.

No evento, o petista pediu para os presentes votarem no deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), que ele apoia na corrida pelo comando do Executivo paulistano. O parlamentar também estava presente no evento.

Eu vou fazer um apelo: cada pessoa que votou no Lula em 1989, em 1994, em 1998, em 2006, em 2010, em 2018, em 2022, tem que votar no Boulos para prefeito de São Paulo

Segundo o presidente, Boulos está “disputando uma verdadeira guerra” em São Paulo.

“Ele está disputando com o nosso adversário nacional, ele está disputando contra o nosso adversário estadual e ele está disputando contra o nosso adversário municipal. Ele está enfrentando três adversários”, disse.

“E, por isso, eu quero dizer para vocês: ninguém derrotará esse moço aqui se vocês votarem no Boulos para prefeito de São Paulo nas próximas eleições”, complementou.

Adversários reagem
O atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), pré-candidato à reeleição e que não compareceu ao evento, se disse “perplexo” com as declarações de Lula.

Em nota, o MDB disse que o advogado do diretório municipal do partido, Ricardo Vita Porto, “vai promover as medidas jurídicas cabíveis”, buscando uma multa para Lula e Boulos sobre o episódio. Para o partido, houve “propaganda eleitoral antecipada, uma vez que houve pedido expresso de votos”.

O MDB também pedirá ao Ministério Público (MP) a “abertura de inquérito para a apuração dos valores gastos com o evento, incluindo os públicos, além do uso da estrutura sindical com o objetivo de se promover candidatura”.

“Verificada a ocorrência de abuso do poder econômico e de autoridade, deverá ser ajuizada investigação judicial eleitoral (AIJE), que poderá resultar na decretação de inelegibilidade a Lula e a cassação da candidatura de Boulos, na qualidade de beneficiário consentido da conduta vedada”, afirmou a sigla.

com CNN Brasil

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