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Lindolfo Pires e Branco Mendes são alvo de operação da PF que investiga desvios de mais de R$ 4 milhões em contratos da Secretaria Estadual de Educação

O ex-deputado estadual e atual secretário estadual de Juventude, Esporte e Lazer, Lindolfo Pires (Progressistas), e o deputado estadual Branco Mendes (Republicanos) estão entre os alvos da Operação Livro Aberto, deflagrada nesta terça-feira (11) pela Polícia Federal.

A “Operação Livro Aberto” visa a reprimir a prática dos crimes de fraude à licitação, desvio de recursos públicos, corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro, relacionados a contratos formalizados pela Secretaria de Estado da Educação em 2018, último ano de gestão do ex-governador Ricardo Coutinho.

Foram cumpridos 12 (doze) mandados de busca e apreensão expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça, além da indisponibilidade de bens, valores, dinheiro e ativos dos investigados visando recompor o erário público em valores que superam R$ 4 milhões.

Os mandados foram cumpridos em João Pessoa, nos bairros de Miramar, Manaíra, Altiplano e Tambauzinho; em Campina Grande nos bairros Monte Santo, Alto Branco, Centenário e Malvinas; no município de Lagoa Seca (PB); na praia de Ponta de Pedras, em Goiana (PE); e em Arapiraca (AL).

O cumprimento das medidas cautelares tem o objetivo de colher elementos informativos para investigação iniciada em 2019, que apura o possível pagamento de propina a agentes políticos no Estado da Paraíba.

Além dos alvos dos mandados, a PF informou que outras pessoas também são investigadas:

  • Artur Cunha Lima, conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado;
  • Lindolfo Pires, ex-deputado estadual (Progressistas) e atual secretário estadual de Juventude, Esporte e Lazer;
  • Branco Mendes, deputado estadual (Republicanos);
  • Tião Gomes, deputado estadual (PSB);
  • Artur Cunha Lima Filho, ex-deputado estadual
  • Edmilson Soares, ex-deputado estadual
  • Genival Matias, ex-deputado estadual (falecido em 2020)

O que dizem os envolvidos
O secretário Lindolfo Pires manifestou surpresa com a operação e disse que está fora da Paraíba. “Fomos intimados a comparecer para prestar esclarecimento, mas esclarecimento esse que não diz do que se propõe, de que fato concreto e objetivo eles estão tratando. No momento oportuno, eu espero esclarecer tudo isso para que realmente a verdade possa prevalecer”, declarou.

O deputado estadual Tião Gomes emitiu nota afirmando que há 42 anos na vida pública não possui qualquer ato que desabone sua conduta e tampouco sua história; e que não foi convocado/intimado para prestar declarações acerca de qualquer fato da referida operação, assim como, nunca existiu busca e apreensão em nenhum dos seus endereços.

O deputado estadual Branco Mendes emitiu nota se colocando à disposição para cooperar integralmente com as investigações e disse não ter nenhum envolvimento com os fatos mencionados na operação.

Relembrando seu histórico de mandatos de deputado, prefeito e vereador, Branco Mendes fez questão de afirmar que tem uma vida pública sem qualquer mácula, nunca tendo uma conta rejeitada no Tribunal de Contas do Estado (TCE) ou sofrido qualquer condenação judicial.

“No mais, acreditando-se na verdade real dos fatos e no Estado Democrático de Direito, me coloco à disposição da Justiça para prestar quaisquer esclarecimentos no que se fizer necessário”, disse Tião, em nota.

A Secretaria Estadual de Educação informou que não tem “posição sobre a operação, já que é algo sobre 2018”.

A defesa do ex-governador Ricardo Coutinho disse que o ex-gestor não é alvo dessa operação, portanto não tem o que falar.

Os demais envolvidos não se pronunciaram até a publicação desta reportagem.

com Jornal da Paraíba

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