Em sessão realizada nesta segunda-feira (30), o Pleno do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) concedeu liberdade a Taciana Batista do Nascimento, presa no último dia 19 de setembro pela Polícia Federal (PF) durante a Operação Território Livre, acusada de envolvimento em um esquema de aliciamento violento de eleitores, junto com a vereadora Raíssa Lacerda (PSB), Kaline Neres do Nascimento Rodrigues e Pollyanna Monteiro Dantas dos Santos — as duas últimas em prisão domiciliar. Raíssa Lacerda e Taciana Batista permanecem na Penitenciária Feminina Maria Júlia Maranhão, em João Pessoa.
Por unanimidade, a Corte Eleitoral concedeu habeas corpus a Taciana, que é presidente da ONG Ateliê da Vida, localizada no bairro São José e alvo das investigações da Polícia Federal. Além disso, Taciana também ocupa um cargo de auxiliar operacional na Prefeitura de João Pessoa (PMJP). A medida cautelar impõe prisão domiciliar, uso de tornozeleira eletrônica e proibição de frequentar a ONG e de manter contato com os demais envolvidos.
De acordo com a PF, o Centro Comunitário do Bairro São José, onde funciona a ONG Ateliê da Vida, foi alvo de busca e apreensão, pois, segundo as investigações, o local servia como um “quartel-general” da organização criminosa que coagia eleitores de forma violenta.
Taciana é apontada como uma das principais articuladoras da operação, atuando como uma espécie de braço direito de Pollyanna. Já Kaline Neres seria uma articuladora de Raíssa Lacerda no bairro Alto do Mateus, tendo envolvimento com uma facção criminosa local e utilizando a organização para coagir eleitores em favor de determinados candidatos.
TRE-PB mantém prisão domiciliar de investigada
Na mesma sessão e também por unanimidade, o TRE-PB decidiu manter a prisão domiciliar de Pollyanna Monteiro, suspeita de pressionar moradores do bairro São José a votarem em Raíssa. A atuação de Pollyanna levanta preocupações sobre a integridade do pleito e a influência de práticas ilícitas nas eleições locais.
O marido de Pollyanna, Keny Rogeus, conhecido como Poeta, é apontado como líder de uma facção criminosa que opera na região. Ele teria autorizado, de dentro do presídio, quais candidatos poderiam ou não realizar campanhas no bairro, evidenciando a relação entre criminalidade e atividades políticas na área.
da Redação