A Capital Paraibana vai ter 4,2 mil novas moradias nas Três Lagoas, em prédios do Ipase e Proserv, no Centro, e em outros locais, conforme detalhou a secretária municipal de Habitação de João Pessoa, Socorro Gadelha, durante entrevista à Rádio Arapuan FM, nesta quinta-feira (14).
“A gente mandou para Brasília uma seleção de sete projetos de construção de unidades habitacionais, separando João Pessoa e o Centro Histórico de João Pessoa. Mandamos os sete projetos e os sete foram aprovados, licitados e já estão iniciando obra”, informou Socorro.
A gestora detalhou os projetos para os prédios da antiga Proserv, Ipase, Nações Unidas e outros.
“Na antiga Proserv, são 128 unidades habitacionais que vão atender as pessoas da área de risco do Porto do Capim. O Nações Unidas, que ali vai ser uma reforma de prédios históricos para abrigar pessoas. São 39 unidades em cima, nove pontos comerciais. E também o prédio do Ipase, que é uma parceria com o Movimento Pela Moradia. Vai ter um ‘minishopping’ popular embaixo e 51 unidades em cima”, detalhou.
Ainda segundo Socorro, “o Porto do Capim demandamos o projeto e fomos selecionados. São 455 unidades que vão ser construídas, reformadas ou transferidas para o mesmo lugar. Ninguém vai sair de lá. Era um grande medo da população que eles não queriam sair de lá, já que estão há 40 anos morando lá. Não vão sair. O prédio da Proserv, exatamente, foi desapropriado para levar as pessoas que moram lá, mas estão em área de risco.”
A secretária de Habitação de João Pessoa descreveu também projetos para as Três Lagoas e o Alto do Mateus.
“Também temos um empreendimento com 240 unidades lá nas Três Lagoas. E temos dois empreendimentos, cada um com 128 unidades, no Alto do Mateus. E a Comunidade do S, que tem dois empreendimentos, um já começou e outro está em fase final de análise junto à Caixa Econômica que, nesses próximos 15 dias, a gente inicia porque já houve o processo de licitação. São 4,2 mil unidades habitacionais, incluindo o Centro Histórico”, informou.
Socorro Gadelha ainda apontou o desafio do déficit habitacional, com 16 mil unidades de déficit.
“Hoje, a gente tem um déficit em torno de 16 mil unidades. Agora, com uma situação da reforma de habitabilidade, você às vezes tem sua casa, mas não tem condição de morar. A gente entregou unidades, um mês atrás, que uma senhora disse que quando a chuva chegava, ia para a casa do vizinho porque os filhos não tinham condição de habitar. Então a gente trabalha no âmbito quantitativo e qualitativo, que é justamente para dar condição de vida às pessoas. Então esse déficit é quantitativo, que são essas quantidades que estamos falando, e é qualitativo, que é para dar condição de habitação”, declarou.
“E no Bairro São José teve um grande problema e 250 famílias ficaram sem habitação ou em habitação precária. A Prefeitura está fazendo a compra assistida. Como é a compra assistida? Uma pessoa vai e compra seu imóvel, a Prefeitura vai fazer a avaliação física e financeira, deposita esse recurso na conta do vendedor, isenta ITBI e isenta cartório. Então você seu imóvel onde você quiser e onde você escolheu, com toda a isenção de ITBI e custas de cartório”, acrescentou.
Há, também, o projeto na Avenida Beira Rio para retirar moradores de oito comunidades em áreas de risco.
“São 747 unidades. Dentro do projeto, são oito comunidades a serem atendidas: Hildon Bandeira, Santa Clara, Cafofo… Aquelas todas vizinhas saem dali, vão para os apartamentos e ali vai ser área verde, praça e situações que evitem uma nova ocupação. Dentro do programa João Pessoa Sustentável, que é com recursos do BID [Banco Interamericano de Desenvolvimento], já estão sendo identificadas essas áreas que vão ficar sem ocupação para poder chegarem praças e situações que impeçam as pessoas de realocarem”, explicou a secretária.
com ClickPB