A ex-diretora do Hospital Padre Zé, Jannyne Dantas, foi posta em liberdade na noite desta terça-feira (20). Ela estava desde novembro na Penitenciária Maria Júlia Maranhão mas, conseguiu um habeas corpus relatado pelo desembargador Ricardo Vital de Almeida. O documento informando a decisão judicial chegou à unidade prisional às 19h30. Depois disso, houve a colocação da tornozeleira eletrônica para que Jannyne pudesse ir para casa. Ela cumprirá medidas cautelares alternativas à privação de liberdade.

Entre as regras estão o comparecimento mensal em juízo a fim de informar suas atividades; recolhimento domiciliar noturno das 20h até as 5 horas do dia seguinte; proibição de ausentar-se da comarca por período superior a 15 dias ou mudar de residência sem prévia e expressa autorização do juízo; proibição de frequentar bares, casas de show, apresentações culturais, ainda que em público; proibição de manter contato de qualquer espécie com os co-denunciados Egídio de Carvalho Neto e Amanda Duarte Silva Dantas; proibição de acesso ou frequência em estabelecimentos vinculados a Ação Social Arquidiocesana (Asa) e ao Instituto São José, assim como a proibição de contato com qualquer colaborador destas instituições e monitoramento pelo uso de tornozeleira eletrônica.

A prisão de Jannyne Dantas havia sido decretada nos autos de um recurso apresentado pelo Ministério Público Estadual, responsável pela Operação Indignus.

As investigações do MP apontam que os recursos repassados ao Instituto São José, por meio de convênio com a secretaria de Desenvolvimento Humano do Estado, eram destinados ao ex-presidente da instituição, Padre Egídio de Carvalho Neto que passou a levar uma vida de ostentação fazendo uso desse dinheiro. Jannyne Dantas Miranda e Silva e Amanda Duarte Silva Dantas teriam conhecimento do esquema e teriam colaborado com os desvios que podem chegar a R$ 140 milhões.

com ParlamentoPB