A candidata a vereadora de João Pessoa, Eliza Virgínia (Progressistas), teve sua campanha à reeleição envolvida em uma polêmica após utilizar um deepfake do jornalista William Bonner, apresentador do Jornal Nacional, da TV Globo, para pedir votos. O vídeo compartilhado em um aplicativo de mensagens traz Bonner afirmando que a parlamentar é “a melhor vereadora para 2024”.
A imagem alterada de Bonner e a voz do jornalista simulada por inteligência artificial afirmam: “Encontramos a melhor vereadora de 2024, a foto dela você está vendo agora na tela. Grave este nome e este número para o dia seis de outubro”.
O uso da IA pode resultar na cassação da candidatura da vereadora, que atualmente cumpre mandato de deputada federal na qualidade de suplente. Uma das normas estabelecidas pela Justiça Eleitoral regula o uso de inteligência artificial durante campanhas. Dentre os pontos definidos, a legislação exige a aplicação de rótulos de identificação em conteúdos multimídia sintéticos, restringe o uso de chatbots e avatares para simular comunicação com eleitores e impõe a “vedação absoluta” do uso de deepfake.
O uso de deepfakes é proibido justamente pelo potencial que este tipo de conteúdo tem para manipular a opinião pública e desequilibrar o processo eleitoral. A tecnologia permite que pessoas tenham seus rostos substituídos em vídeos ou simulem falas com o mesmo tom de voz e sincronização labial, o que pode enganar os eleitores. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já alertou que o uso irregular de tecnologias como o deepfake pode levar à cassação do registro do candidato ou do mandato, além de outras sanções legais.
com WSCOM
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