A taxa de desemprego no Brasil subiu em oito das 27 unidades da federação (UFs) no primeiro trimestre de 2024, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral, divulgada nesta sexta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os números são em comparação com o quarto trimestre de 2023. Veja os destaques abaixo.
Na comparação com o primeiro trimestre de 2023, houve nove quedas e nenhuma das UFs registrou aumento estatisticamente significativo. Veja a distribuição abaixo.
“Isso mostra que na comparação de curto prazo, há influência dos padrões sazonais. Mas a trajetória de queda anual, que já vem sendo observadas em outros trimestres, se manteve”, analisa Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostras de Domicílios do IBGE.
Segundo o IBGE, o crescimento da taxa de desocupação do primeiro trimestre de 2024 não invalidou a maioria dos indicadores do mercado do trabalho na comparação anual.
Ao fim do primeiro trimestre, as maiores taxas de desocupação foram da Bahia (14,0%), Pernambuco (12,4%) e Amapá (10,9%). As menores, de Rondônia (3,7%), Mato Grosso (3,7%) e Santa Catarina (3,8%).
Grandes regiões
Entre as grandes regiões, a movimentação da taxa de desemprego foi a seguinte:
Desemprego subiu no 1º trimestre
O Brasil encerrou o trimestre terminado em março com taxa de desemprego em 7,9%. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, encerrado em dezembro, houve alta de 0,5 ponto percentual na desocupação, que era de 7,4%.
No mesmo trimestre de 2023, a taxa era de 8,8%. Mesmo com a alta, o resultado do primeiro trimestre foi o melhor para o período desde 2014 (7,2%).
Com os resultados, o número absoluto de desocupados cresceu 6,7% contra o trimestre anterior, atingindo 8,6 milhões de pessoas. Na comparação anual, o recuo é de 8,6%.
No primeiro trimestre de 2024, houve queda de 0,8% na população ocupada, estimada em 100,2 milhões de pessoas. No ano, o aumento foi de 2,4%, com mais 2,4 milhões de pessoas ocupadas.
Na divisão por sexo, as mulheres seguem com taxa de desocupação maior que homens.
A distribuição de desocupação por sexo nas grandes regiões acompanha a média geral. No Nordeste, a desocupação de mulheres chega aos 14%. A melhor situação é no Sul, com 6%.
Por raça, pretos e pardos também seguem com taxas mais altas de desocupação. E, no trimestre, as taxas de todas as divisões subiram.
Rendimento segue em alta
O rendimento real habitual teve alta frente ao trimestre anterior, de 1,5%, e passou a R$ 3.123. No ano, o crescimento foi de 4%.
G1