O vereador e candidato a vice-prefeito de Duas Estradas, município do Brejo Paraibano, Gilvan Garcia de Carvaho Filho, conhecido como “Guega”, está sendo acusado de simular uma tentativa de assassinato contra si com o objetivo de comover o eleitorado. A situação foi constatada após investigações conduzidas pelo delegado Walter Brandão, da Polícia Civil da Paraíba.
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A suposta tentativa de assassinato teria ocorrido no último dia 6 de setembro quando o carro do político foi alvo de vários tiros.
De acordo com o delegado, a dinâmica dos fatos em nada converge com as declarações da suposta vítima. “É que de acordo com a mesma, os disparos ocorreram de forma sequenciada, todavia, através dos depoimentos testemunhais supra mencionados, os moradores ouviram estampidos intervalados, inclusive algumas testemunhas, como foi o caso C.J.B.F, respondeu que se acordou com estampidos, depois saiu de seu quarto, foi até a janela e ouviu depois mais três estampidos”, diz a Polícia.
A Polícia também registrou em relatório que nenhum morador presenciou moto transitando nas imediações e que não foi ouvido barulho de motor. Os investigadores sugerem que “Guega” armou a situação na tentativa de se vitimizar e conquistar votos.
“Ninguém presenciou qualquer moto passando pelas imediações nem tão pouco escutaram som semelhante a motocicleta, naquela zona rural. Também há de se ponderar o fato de GILVAN – “GUEGA”, ser candidato a vice prefeito naquele Município, onde vem propagando o suposto fato aqui investigado, apelando pelo clamor público e tentando induzir a população a crer que o mesmo vem sendo vítima de violência praticada e orquestrada por seus adversários políticos”, disse a Polícia.
“A dinâmica dos fatos em nada converge Ainda de acordo com GILVAN – “GUEGA”, em legítima defesa, revidou com disparos de arma de fogo uma tentativa de homicídio, cujos autores desceram de uma moto atirando no carro em que a vítima estaria, o que é inconcebível, pois ninguém com a intenção de praticar uma execução, mediante emboscada, e sendo também alvo de disparos de arma de fogo, iria deixar de mirar na vítima e atirar contra o carro vazio, no qual também houve disparos de dentro pra fora.com as declarações da suposta vítima”, acrescenta.
A Polícia ainda registrou no inquérito que “Guega” e seus apoiadores, com crucifixos nas mãos, arregimentaram pessoas e se reuniram no Centro da cidade onde, trajando roupas brancas, “numa verdadeira encenação ‘Clamavam’ por justiça com o propósito de transformar o povo em massa de manobra e angariar votos”.
Durante as investigações, a perícia comprovou que os tiros foram disparados de dentro para fora do carro, dentre outras provas que não comprovam o suposto crime de tentativa de assassinato. De acordo com o delegado, toda a dinâmica do crime mostra que tudo não passou de uma farsa.
O que chamou a atenção da Polícia é que durante o depoimento, “Guega” disse que não queria a continuidade das investigações.
Diante da comprovação dos fatos, o delegado Walter Brandão enviou o inquérito a Justiça pedindo o arquivamento do mesmo.
Se for condenado pela Justiça, “Guega” pode cumprir pena de detenção seis meses.
com Paraíba.com.br