Índice de domicílios com acesso à internet no país ultrapassa os 90% em 2022

A parcela dos domicílios brasileiros com acesso à internet saltou de 70,9% em 2016 para 91,5% em 2022. O crescimento foi contínuo em todo o período e ficou em 1,5 ponto percentual entre 2021 e 2022 (índice era de 90% em 2021). Ao todo, o país tinha 68,9 milhões de moradias com internet no ano passado.

A disparada no acesso à tecnologia nos últimos anos foi registrada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) 2022, divulgada nesta quinta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em sua análise, o IBGE destaca que, apesar do aumento consistente desde o início da série histórica da pesquisa, essa taxa de crescimento tem sido cada vez menor, já que o país se aproxima da universalização da Internet nos domicílios.

O ritmo de crescimento se mantém mais acelerado, no entanto, nas áreas rurais. Em 2022, 93,5% das moradias de áreas urbanas tinham acesso à rede, percentual que era de 78,1% nas áreas rurais. A diferença era, portanto, de 15,4 pontos percentuais, bem inferior à de 40 pontos percentuais em 2016 (76,6% nas áreas urbanas e 35% nas áreas rurais).

“Há uma diferença importante do acesso à internet entre domicílios urbanos e rurais, embora venha diminuindo”, afirma o analista da pesquisa, Gustavo Geaquinto.

A expansão do acesso à internet se deu em todas as cinco grandes regiões do país, mas foi mais intensa no Norte e Nordeste, que se mantêm como as de menor taxa. No Norte, o percentual passou de 85,5% em 2021 para 88,2% em 2022. Em 2016, era de 63,5%. No Nordeste, por sua vez, a taxa avançou de 85,2% em 2021 para 87,8% em 2022. Em 2016, era de 57,9%.

De 2021 a 2022, entre os domicílios brasileiros com acesso à internet, o percentual com acesso via banda larga móvel voltou a subir, indo de 79,2% para 81,2%, mas continuou inferior ao da banda larga fixa, que foi de 83,5% para 86,4%.

Os dados do IBGE mostram a distância no rendimento do domicílio de acordo com o acesso ou não à rede. Nas moradias com internet, o rendimento médio real per capita por mês era de R$ 1.760 em 2022, quase o dobro do rendimento nos que não utilizavam essa rede (R$ 944).

A grande diferença entre esses dois rendimentos foi observada em todas as grandes regiões, com destaque para a Norte, cujo rendimento nos domicílios em que havia utilização da internet foi mais que o dobro do rendimento registrado nos domicílios que não utilizavam o serviço.

Em 2022, nos 6,4 milhões de domicílios do país em que não havia utilização da Internet, os três motivos que mais se destacaram representavam, em conjunto, 86,5%. Esses três motivos foram: nenhum morador sabia usar a internet (32,1%), falta de necessidade em acessar a Internet (25,6%) e serviço de acesso à internet era caro (28,8%).

Na análise por áreas urbanas e rurais, os três motivos que mais se destacaram foram os mesmos do total e concentravam 91,3% e 76,6%, respectivamente, dos domicílios em que não havia utilização da Internet.

Nas áreas rurais, no entanto, também se destaca a falta de disponibilidade do serviço de acesso à Internet na área do domicílio, citada por 15,2% dos domicílios, ante 0,6% nas áreas urbanas.

Valor Econômico

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