Dezenove pacientes seguem recebendo atendimento médico ou ambulatorial por apresentarem infecções oculares após um mutirão de procedimentos oftalmológicos realizado na última quinta-feira (15), em um hospital de Campina Grande, no Agreste da Paraíba.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba (SES-PB), três pacientes permanecem internados com quadros considerados mais graves. Os outros 16 estão em atendimento ambulatorial, recebendo acompanhamento clínico especializado.
A SES-PB informou ainda que os pacientes com sintomas mais leves continuam sendo monitorados diariamente por equipes médicas.
Polícia investiga
A Polícia Civil da Paraíba vai ouvir na próxima semana a equipe de profissionais de saúde que participaram do mutirão oftalmológico, feito em um hospital de Campina Grande na última quinta-feira (15), e que deixou pacientes com complicações, como infecções e até perda da visão.
A Secretaria de Saúde da Paraíba apura o caso e admitiu que medicamentos vencidos estavam entre os que foram utilizados no mutirão, que foi realizado por uma empresa contratada. O contrato entre a empresa e a secretaria foi encerrado.
Segundo a SES-PB, 64 pessoas participaram do mutirão, que foi realizado por meio de um contrato entre a pasta e a Fundação Rubens Dutra Segundo. A empresa nega que usou medicamentos vencidos e afirma que, desde o momento que tomaram conhecimento do ocorrido, iniciaram uma busca ativa dos pacientes sintomáticos.
De acordo com o delegado Paulo Ênio, responsável pelas investigações do caso em Campina Grande, a partir da semana que vem os depoimentos de todos os envolvidos no caso vão ser colhidos oficialmente.
Um boletim de ocorrência feito pelo diretor do Hospital das Clínicas foi registrado na polícia depois do começo da repercussão do caso. Conforme informações do delegado, nenhuma das pessoas que relataram complicações graves, seja infecções ou perda total da visão, procuraram a polícia para prestar queixa.
com G1 PB