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Suspeitos de cárcere privado em comunidade terapêutica de Lagoa Seca aguardam audiência de custódia

Os suspeitos presos por cárcere privado e sequestro de pessoas em comunidade terapêutica localizada no município de Lagoa Seca, na região de Campina Grande, aguardam por audiência de custódia. A prisão foi realizada na quarta-feira (14) e também foram constatadas lesões, violência e tortura contra internos.

Os suspeitos aguardam na carceragem e devem passar por audiência de custódia ainda nesta quinta-feira (15).

O delegado Elias Rodrigues, responsável pelo caso, informou que foram lavrados autos de prisão em flagrante para seis dos sete conduzidos pelo MPPB.

O delegado ainda informou que parte das vítimas foram ouvidas na quarta-feira (14) e logo após entregues aos parentes ou responsáveis. “Para serem levados para casa e seguirem o tratamento em estabelecimento autorizado, onde realmente sejam tratados com o a dignidade que a pessoa humana exige”, disse Elias Rodrigues.

Relembre o caso
Uma inspeção do Ministério Público da Paraíba (MPPB) realizada nessa quarta-feira (14), resgatou 38 dependentes químicos de uma comunidade terapêutica em Lagoa Seca no Agreste Paraibano. Eles viviam em cárcere privado e eram submetidos a sessões de tortura e violência.

“O estabelecimento inspecionado em Lagoa Seca, embora se apresente como clínica, funciona como Comunidade Terapêutica. Houve a prisão em flagrante de sete pessoas da direção e do corpo de funcionários e todos os conduzidos, em torno de 40 homens, estão sendo levados para a Central de Polícia de Campina Grande”, disse a promotora de Justiça Fabiana Lobo.

A promotora ressaltou que internos resgatados relataram que eram tirados de casa de forma compulsória, inclusive com o uso de armas.

“Vários relataram isso, de sequestro, de cárcere privado, de maus tratos, de tortura. Alguns relataram que apanhava com pau, com fio. Então houve a prisão em flagrante de sete pessoas da direção e do corpo de funcionários”, pontuou a promotora.

Além disso, sete pessoas, entre diretores e funcionários do local, que não teve o nome divulgado, foram presas em flagrante e encaminhadas à Central de Polícia de Campina Grande.

Os internos foram resgatados do local em ônibus. Um deles foi levado para fazer exame de corpo de delito por apresentar uma série de lesões.

da Redação com ClickPB

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