O empresário Bueno Aires Aires de Souza, sócio da empresa Fiji Solutions, foi alvo de uma tentativa de sequestro na madrugada do último sábado (5), no município de Gurjão, no Cariri paraibano. Condenado por crimes contra o sistema financeiro, Bueno percebeu a movimentação suspeita e acionou a Polícia Militar. Um dos suspeitos morreu durante a ação policial e outro foi preso no dia seguinte.
Segundo a Polícia Civil, um carro suspeito estava estacionado próximo à residência do empresário. Durante a abordagem da PM, os ocupantes do veículo reagiram com disparos de arma de fogo. Houve perseguição e o carro dos criminosos capotou. Um deles morreu no local e outros três fugiram.
Na manhã do domingo (6), um dos fugitivos foi capturado e confessou à polícia que o grupo pretendia sequestrar o empresário e realizar transferências bancárias da conta da vítima. O homem preso disse que era responsável pela parte técnica do golpe.
De acordo com a PM, os suspeitos usavam roupas camufladas, botas, balaclavas e nylon tipo “enforca-gato”, comumente utilizado para contenção.
As investigações seguem em andamento para identificar os demais envolvidos e detalhar a participação de cada suspeito. O delegado Edson Vasconcelos informou que outros dados do caso estão sob sigilo para não comprometer a apuração.
Histórico da Fiji Solutions
A Fiji Solutions, sediada em Campina Grande, é investigada por atuar em um esquema de pirâmide financeira com criptomoedas. Em outubro de 2024, os três sócios da empresa — Bueno Aires, Breno de Vasconcelos Azevedo e Emilene Marília Lima do Nascimento — foram condenados por crimes contra o sistema financeiro nacional.
A empresa prometia altos rendimentos por meio de operações com criptomoedas, mas desde fevereiro de 2024 suspendeu os pagamentos aos clientes. O MP e a Polícia Federal identificaram irregularidades e deflagraram a Operação Ilha da Fantasia, que resultou no bloqueio de quase R$ 400 milhões em bens e valores dos sócios.
Além das fraudes financeiras, Bueno Aires responde por outro processo por abuso sexual infantil e já cumpriu prisão preventiva. Atualmente, ele responde em liberdade com medidas cautelares.
da Redação