Subiu para 166 o número de pessoas mortas pelas enchentes que assolam o Rio Grande do Sul desde o final de abril. Ao todo, o estado registra 806 feridos e 61 desaparecidos, segundo informações divulgadas pela Defesa Civil na noite deste sábado (25). Dos 497 dos municípios do estado, 469 foram afetados pelo desastre — número que 94% do total de cidades. Já são 581.638 pessoas estão desalojadas e 55.791 cidadãos se encontram em abrigos. De acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), o mês de maio já registrou o maior volume de chuva da história de Porto Alegre, com 486,7 mm de chuva, desde 1916, quando os registros começaram a ser feitos.
O Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) de Porto Alegre instalou sacos de contenção na frente de parte das comportas do Lago Guaíba, a fim de evitar que a água invada novamente a cidade, em caso de aumento da cota de inundação.
A Defesa Civil do estado também divulgou o balanço de serviços de infraestrutura do estado, que mostra que 1.065 escolas estaduais foram afetadas de alguma forma – se foram danificadas, estão sendo usadas como abrigo ou têm problemas de acesso. Já são 381.231 estudantes afetados. Dos 741.831 alunos, 495.394 (66,8%) voltaram às aulas, enquanto 246.437 (33,2%) ainda não retomaram seus estudos — e 91.324 deles ainda não têm data prevista para a volta.
Em relação às rodovias, são 72 trechos com bloqueios totais e parciais, entre 43 estradas, pontes e balsas. O Aeroporto Internacional Salgado Filho e o Porto de Porto Alegre seguem com suas operações suspensas. Operam normalmente os aeroportos de Canela, Capão da Canoa, Carazinho, Erechim, Passo Fundo, Rio Grande, Santo Ângelo e Torres.
O nível do lago Guaíba voltou a subir na última sexta-feira. Na manhã deste sábado, chegou a 4,16 metros às 6h15 no cais Mauá. Por volta das 17h horas, o nível era de 4,09 metros. O lago atingiu a máxima de 5,33 metros no dia 6 de maio, superando o antigo recorde histórico da enchente de 1941.
com Veja