Saiba quem é a paraibana que será a primeira mulher a Vice-Presidência da CBF

A paraibana Michelle Ramalho vai ser a primeira mulher a ocupar o cargo de vice-presidente da CBF. Ela e mais 7 vices estão na chapa encabeçada por Samir Xaud, que é candidato único e será eleito como presidente da entidade máxima do futebol brasileiro na próxima segunda-feira (26). Michelle é presidente da Federação Paraibana de Futebol (FPF) e está mais próxima do futebol desde 2017.

Michelle tem 47 anos, nasceu em Campina Grande e é neta de uma importante dramaturga brasileira, Lourdes Ramalho. Michelle se formou para trabalhar como advogada e administradora de imóveis antes de entrar no futebol. Começou defendendo clubes em questões jurídicas. E depois, em 2017, virou auditora do STJD (Supremo Tribunal de Justiça Desportiva).

Em 2018, quando o futebol paraibano vivia um momento conturbado, por causa de denúncias de manipulação de resultados de jogos, a eleição ficou aberta, com candidatos de diferentes perfis. Um grupo buscou um nome mais novo, neutro e que passasse a ideia de legalidade. Assim Michelle entrou na disputa.

Ela teve apoio decisivo de Rosilene Gomes, ex-presidente da FPF que perdeu o cargo na Justiça e já foi condenada por furto duplamente qualificado (abuso de confiança e concurso de pessoas).

No final a disputa ficou entre dois candidatos, com apuração acirrada: foram 26 votos a 24, após um empate inicial. Depois, em 2022, Michelle foi reeleita em disputa com chapa única.

Durante esse período de gestão, Michelle sempre se aproximou dos principais personagens do futebol brasileiro, como Marco Polo Del Nero, Rogério Caboclo e Ednaldo Rodrigues. Chefiou delegações da Seleção Brasileira e diz que nunca sofreu preconceito por ser mulher.

Leia mais: Conheça Samir Xaud, candidato único à presidência da CBF

Ela também diz que é elogiada pela beleza, mas não vê problema nisso: “Quando entro em campo, antes de uma partida do campeonato, a torcida começa a gritar. Chamam de ‘linda’, alguns de ‘gostosa’. Já me perguntaram se considero assédio e, para mim, não é. Eu me preocuparia se gritassem ‘ladra’ ou ‘corrupta’. Isso ninguém grita. Então significa que estou indo bem”, afirmou em palestra ao FutSummit, em 2020.

Agora, além de vice-presidente da CBF, ela deve seguir como presidente da FPF. O estatuto da CBF permite que os dois cargos sejam mantidos por até 6 meses. E muitos vices se afastam por um curto período da federação para renovar esses 6 meses na CBF e depois voltar para o cargo estadual.

com Band.com.br

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