A Procuradoria-geral da República se manifestou nesta terça-feira (20) e pediu a manutenção da prisão de Walter Braga Netto. Ele está preso desde dezembro de 2024, acusado de obstruir as investigações sobre a tentativa de golpe de Estado entre 2022 e 2023.
O general da reserva do Exército também é réu no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado e outros crimes ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Para o PGR Paulo Gonet, a gravidade dos delitos e o risco do réu voltar a cometer os crimes são motivos para manter Braga Netto preso como medida cautelar.
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, por unanimidade, rejeitou os pedidos de Walter Souza Braga Netto, nos termos do voto do Relator.
Braga Netto foi preso após a Polícia Federal identificar que ele tentou obter dados sigilosos da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, como forma de “impedir ou embaraçar as investigações em curso”, conforme decisão de Moraes que embasou a prisão.
De acordo com o relatório da PF, há “diversos elementos de prova” contra Braga Netto, que teria atuado para impedir a total elucidação dos fatos e “com o objetivo de controlar as informações fornecidas, alterar a realidade dos fatos apurados, além de consolidar o alinhamento de versões entre os investigados”. Entre eles, trocas de mensagens com pai de Mauro Cid para conseguir detalhes da delação.
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