A Polícia Civil do Estado de São Paulo indiciou nessa quinta-feira (22) o presidente do Corinthians, Augusto Melo, junto com os ex-dirigentes Marcelo Mariano e Sérgio Moura e o intermediário Alex Cassundé pelos crimes de associação criminosa, furto e lavagem de dinheiro. O inquérito apura irregularidades no contrato entre o clube e a casa de apostas Vai de Bet.
Relatórios preliminares divulgados pelas autoridades policiais na semana passada apontam que parte da comissão paga – cerca de R$ 1 bilhão – pela ex-patrocinadora foi repassada ilegalmente para a UJ Football Talent Intermediação Ltda. em 2024.
Segundo delação premiada de Vinicius Gritzbach – empresário assassinado na saída do Aeroporto Internacional de São Paulo em novembro do ano passado —, a empresa é ligada a Danilo Lima de Oliveira, o “Tripa”, integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Em nota, o Corinthians alegou ser “vítima das circunstâncias investigadas e reforça que não possui controle sobre o que terceiros fazem com valores recebidos em decorrência de contratos firmados”. O comunicado também reiterou que, até o momento, não há demonstração de autoria clara relacionada aos fatos mencionados.
Simultaneamente, Augusto Melo responde a um processo de impeachment pelo Conselho Deliberativo do clube, com a votação decisiva para sua permanência ou afastamento marcada para a próxima segunda-feira (26).
Além do presidente, os indiciados incluem o ex-diretor administrativo do clube, Marcelo Mariano, o antigo superintendente de marketing corintiano, Sérgio Moura, e o sócio da Rede Social Media Design Ltda (empresa intermediária na negociação), Alex Fernando André.
Segundo a polícia, a inclusão de Alex Cassundé no contrato visou possibilitar que recursos financeiros do time fossem ilegalmente desviados para empresas ligadas ao crime organizado. Em nota, a UJ Football Talent afirmou que “não possui qualquer ligação com essas organizações”.
com BandNews TV