Durante o julgamento da denúncia contra os seis acusados de integrar o chamado “núcleo 2” da tentativa de golpe de estado, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, reforçou nesta terça-feira (22) o pedido para que todos os denunciados se tornem réus e respondam formalmente a uma ação penal no STF (Supremo Tribunal Federal).
“Os denunciados ocupavam posições profissionais relevantes ao tempo do desenvolvimento do processo de abolição violenta do estado democrático de direito e de deposição do governo legitimamente constituído. Cada qual gerenciou ações da organização criminosa”, acusou Gonet.
A manifestação ocorreu na sessão da Primeira Turma, que julga a continuidade do processo contra:
Segundo Gonet, os fatos apresentados pela denúncia já haviam sido analisados em março, quando o STF aceitou a acusação contra o “núcleo 1” — grupo de sete aliados próximos de Jair Bolsonaro, incluindo generais, ex-ministros e o ex-ajudante de ordens, Mauro Cid.
“A narrativa dos fatos — tida pela Turma como suficiente para ensejar a abertura do processo penal — é a mesma destes autos”, declarou Gonet.
Papéis dos acusados no plano golpista
O procurador detalhou as condutas atribuídas individualmente a cada denunciado, reforçando que todos sabiam e participaram das ações que, segundo a PGR, buscavam abolir violentamente o Estado Democrático de Direito:
A PGR acusa os denunciados de:
Expectativa de novos réus
Caso os ministros da Primeira Turma acompanhem o parecer da PGR, os seis acusados do núcleo 2 se juntarão aos sete do núcleo 1 já tornados réus pelo Supremo, totalizando 14 processados por envolvimento na trama golpista.
A sessão continua ao longo desta terça-feira e pode se estender até quarta (23), quando será concluído o julgamento da denúncia.
com R7.com