A Paraíba vai ser o estado do Nordeste menos impactado pela tarifa de 50% sobre exportações brasileiras anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na última quarta-feira (9). A informação consta em um estudo da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), que aponta uma perda anual de até R$ 16 bilhões para a região.
Ceará, Bahia e Maranhão lideram o ranking de prejuízos, por serem os principais exportadores nordestinos para o mercado norte-americano em 2025. Já a Paraíba, que exportou menos de R$ 55 milhões para os EUA neste ano, representa uma fatia reduzida nas relações comerciais com o país.
Apesar de ter encerrado 2024 com superávit de US$ 22 milhões na balança comercial, os números de 2025 mostram uma queda de participação da Paraíba nas exportações voltadas aos Estados Unidos. Se toda a exportação fosse interrompida, o impacto seria inferior a 0,2% no Produto Interno Bruto (PIB) estadual, indicando efeitos limitados sobre a economia paraibana como um todo.
Setores mais afetados
Mesmo com impacto reduzido no cenário macroeconômico, alguns setores específicos da Paraíba podem sentir os efeitos da nova tarifa. Entre eles, destacam-se:
Alternativas e mercados
O coordenador de Estudos e Inovação da Sudene, José Farias, afirmou que a solução para reduzir os impactos é diversificar os destinos das exportações. “A saída é procurar novos mercados, embora isso demande tempo. O impacto imediato existe, mas há espaço para redirecionar parte da produção ao mercado interno, como já ocorreu em crises anteriores, como a da gripe aviária”, avaliou.
A Sudene segue monitorando os efeitos do tarifaço sobre os estados nordestinos e deve propor estratégias de compensação e incentivo ao comércio internacional com novos parceiros.
da Redação