O Papa Francisco condenou todas as formas de antijudaísmo e antissemitismo, rotulando-as como um “pecado contra Deus”, depois de notar um aumento nos ataques contra judeus em todo o mundo.
“(A Igreja) rejeita toda forma de antijudaísmo e antissemitismo, condenando incontestavelmente todas as manifestações de ódio contra os judeus e o judaísmo como um pecado contra Deus”, escreveu o pontífice em uma carta à população judaica de Israel datada de 2 de fevereiro e divulgada neste sábado (3).
“Junto com vocês, nós, católicos, estamos muito preocupados com o terrível aumento dos ataques contra os judeus em todo o mundo. Esperávamos que ‘nunca mais’ seria uma máxima ouvida pelas novas gerações”, disse ele.
O papa afirmou que as guerras e as polarizações estão aumentando em todo o mundo em uma espécie de “guerra mundial fragmentada” que impacta a vida de muitas populações.
Ataque do dia 7 de outubro
Francisco, 87 anos, condenou o ataque do grupo terrorista Hamas em 7 de outubro no sul de Israel. Também disse em diversas ocasiões que era necessária uma solução de dois Estados para pôr fim ao conflito.
Na carta, o papa apelou novamente à libertação dos reféns que ainda estão detidos pelo grupo terrorista Hamas.
Ele disse ainda que seu coração estava partido ao ver o conflito na Terra Santa e a divisão e o ódio decorrentes dessa guerra, acrescentando que o mundo estava olhando para o desenrolar dos acontecimentos com “apreensão e dor”.
Terra Santa
O papa reforçou à comunidade judaica sua proximidade e carinho, “particularmente (para com aqueles) consumidos pela angústia, dor, medo e até raiva”, e mais uma vez pediu o fim da guerra.
Francisco disse que rezou pela paz. “O meu coração está próximo de vós, da Terra Santa, de todos os povos que nela habitam, israelenses e palestinos, e rezo para que o desejo de paz prevaleça em todos”.
G1