Operação policial mira golpes bancários que causaram prejuízo de mais de R$ 20 milhões em MG

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou, nesta quinta-feira (22), a Operação Descrédito, com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa responsável por aplicar golpes bancários em diversas regiões do estado. Quatro gerentes e dois ex-gerentes de três brancos foram presos durante a operação.

A estimativa é que os prejuízos ultrapassam a casa dos R$ 20 milhões.

Ao todo, mais de 100 policiais civis participaram da ação, que teve com o objetivo o cumprimento de 16 mandados de prisão preventiva e 20 de busca e apreensão em Belo Horizonte, em Sabará, Betim e Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana, em Montes Claros, no Norte de Minas, e em São Sebastião do Paraíso, no Sul, onde a investigação começou, após a denúncia de uma vítima que descobriu um empréstimo feito em seu nome sem autorização.

“Desses 16 [mandados de prisão preventiva], 15 [dos alvos] foram presos. São 4 gerentes de instituições financeiras e 2 ex-gerentes. […] Agora nós estamos nos trâmites finais já da operação e conclusão do inquérito”, detalhou o delegado Rafael Gomes, responsável pela Operação Descrédito.

A Justiça também determinou o bloqueio de 97 contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas.

As investigações indicam que o grupo agia de forma articulada, com a participação de gerentes de bancos e escritórios de advocacia, para fraudar empréstimos e movimentações financeiras em nome de terceiros, por meio de documentos falsificados.

Os crimes investigados incluem estelionato, lavagem de dinheiro, falsificação e uso de documentos falsos.

Desde o início da apuração, em setembro de 2024, mais de 100 vítimas foram identificadas, entre pessoas físicas e empresas. Tanto os clientes quanto os próprios bancos foram lesados pelos golpes.

A Polícia Civil informou que outras informações sobre o andamento da operação serão divulgadas ao longo do dia.

Na manhã desta quinta-feira, policiais cumpriram mandados em agências do Centro e do bairro de Lourdes, na Capital Mineira.

Em nota, o Banco do Brasil informou que “acompanha a operação e apoia a Polícia Civil”, mas que não divulgará informações para “para não atrapalhar as investigações”.

Já o Santander informou que também está cooperando com a Polícia Civil por meio de sua área de inteligência e que o banco “possui sistemas altamente eficazes para identificar eventuais desvios de conduta”.

O Itaú Unibanco disse que “repudia tais comportamentos antiéticos e reforça que está apoiando as autoridades durante as investigações”.

com G1 MG

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