Uma operação policial foi desencadeada na manhã desta quinta-feira (19) em João Pessoa com o objetivo de desarticular uma quadrilha suspeita de tráfico de drogas. Os suspeitos seriam especializados em produzir maconha de alta qualidade para vendas em festas realizadas na cidade.
A operação “Playboy” contou com a coordenação conjunta da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) e do Grupo de Operações Especiais (GOE), ambos da Polícia Civil da Paraíba. Há desdobramentos também no Ceará, onde 12 mandados de busca e apreensão foram cumpridos.
De acordo com o delegado Victor Melo, da Polícia Civil paraibana, a maconha era comercializada em baladas diversas, realizadas em casas de shows, eventos particulares, bares e festas de música eletrônica. Há a suspeita também de que parte dessa droga era vendida dentro da Universidade Federal da Paraíba.
Ao todo, foram expedidos sete mandados de prisão e 15 de busca e apreensão. Nas primeiras horas da manhã, seis pessoas já haviam sido presas e uma era considerada foragida em João Pessoa.
Dentre os alvos da operação, estão dois policiais militares que atuariam no cultivo e distribuição de drogas, como, por exemplo, maconha, na Grande João Pessoa. Os PMs identificados como David Ribeiro Dias (PMPB) e Ian Rodrigues do Amaral (PMPE), seriam parte de uma organização criminosa que atuaria na Paraíba e no Rio Grande do Norte com a distribuição de drogas em festas na capital paraibana e no Ceará.
Além dos policiais, também a operação também mira um agente da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de João Pessoa (Semob-JP), uma estudante da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), um técnico em refrigeração e seguranças de boates da capital.
As investigações foram iniciadas depois que um traficante de drogas foi preso e se descobriu que ele tinha forte atuação nas festas noturnas da capital paraibana.
Além das prisões, a Polícia Civil encontrou no bairro dos Colibris, em João Pessoa, uma casa onde a droga era produzida. Em um dos quartos do imóvel foi montada uma estufa com controle de iluminação e temperatura que permitia produzir a maconha, considerada de alta qualidade e de alto valor.
O dono do imóvel morava com a esposa e com uma filha pequena. Ele foi preso, mas as investigações indicaram que a esposa não tinha participação no esquema criminoso.
com G1 PB e ClickPB