Nutricionista, doutora em Ciências da Nutrição, professora e palestrante da área de desempenho esportivo e doenças crônicas como obesidade e diabetes.
CRN: 8290
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A nutrição esportiva não é apenas um complemento ao treino — é a base para maximizar a performance, acelerar a recuperação e prevenir lesões. Atletas, sejam profissionais ou amadores, precisam entender que a alimentação é tão importante quanto o próprio treinamento. Aqui, exploramos os pilares essenciais para quem busca alta performance.
A Importância dos macronutrientes
Carboidratos: a principal fonte de energia
Durante exercícios intensos, os carboidratos são o combustível prioritário. Eles garantem energia rápida e mantêm a glicemia estável. Antes de treinos, priorize fontes como batata-doce, arroz integral ou frutas. No pós-treino, opte por carboidratos de alto índice glicêmico, como banana ou mel, para repor os estoques de glicogênio.
Proteínas: para construção e reparação muscular
A ingestão adequada de proteínas é crucial para reparar microlesões nos músculos causadas pelo esforço físico. Alimentos como frango, ovos e whey protein são ideais, sendo recomendado o consumo imediato após o treino para otimizar a síntese proteica.
Gorduras saudáveis: energia de longa duração
Em exercícios de baixa intensidade ou longa duração, as gorduras são a principal fonte de energia. Abacate, oleaginosas e azeite de oliva são exemplos de gorduras que também ajudam no combate a inflamações.
Micronutrientes e a performance
Vitaminas e minerais são tão fundamentais quanto os macronutrientes. Ferro, cálcio e magnésio são indispensáveis para a contração muscular e transporte de oxigênio. Já as vitaminas do complexo B participam do metabolismo energético. A deficiência desses nutrientes pode comprometer o desempenho.
Hidratação: o fator negligenciado
A desidratação reduz significativamente a performance esportiva, afetando a força, a resistência e até a concentração. Para treinos longos, bebidas isotônicas ajudam a repor eletrólitos perdidos no suor, como sódio e potássio, prevenindo câimbras.
A ciência da recuperação
O período pós-treino é determinante para o desempenho subsequente.
Janela anabólica: Até 30 minutos após o treino, consuma uma combinação de carboidratos e proteínas para reparar músculos e repor energia.
Inflamação controlada: Alimentos ricos em ômega-3, como salmão, auxiliam na redução de inflamações e dores musculares.
O papel da suplementação
Suplementos como creatina, beta-alanina e BCAAs são aliados para otimizar resultados. No entanto, devem ser usados com orientação profissional para evitar excessos ou interações negativas.
Tendências Inovadoras na Nutrição Esportiva
Nutrição de precisão
A análise nutrigenética permite personalizar a dieta de acordo com o perfil genético do atleta, identificando predisposições metabólicas e melhorando a resposta aos nutrientes.
Crononutrição
Estudar o impacto dos horários das refeições no desempenho é uma tendência crescente. Comer no momento certo pode amplificar os benefícios do treino e da recuperação.
Conclusão
A nutrição esportiva é a base para quem deseja superar limites. Combinando ciência e estratégia, é possível alcançar resultados expressivos e sustentáveis. O segredo está na individualização: cada atleta tem suas necessidades específicas, e a dieta deve ser ajustada para atender a elas.
Afinal, no esporte, o corpo só responde àquilo que você oferece a ele. Escolha ser seu melhor combustível.
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