O corpo de um bebê que foi achado em uma lixeira no bairro de Intermares, em Cabedelo, há cerca de um ano e três meses segue na sede do Instituto de Polícia Científica (IPC), em João Pessoa.
O diretor do Numol (Núcleo de Medicina e Odontologia Legal) da Capital, Flávio Fabres, informou que o órgão irá pedir uma autorização judicial para realizar o sepultamento dos restos mortais da criança.
Segundo Fábio, no mês passado, o Numol realizou o enterro de 20 corpos que estavam no instituto e não foram procurados por parentes. Entretanto, os restos mortais do bebê continuaram no IPC, pois havia uma solicitação feita pela família para que o corpo não fosse retirado do local.
“Nós estamos fazendo um encaminhamento à 1ª Vara Mista de Cabedelo, um requerimento de inumação. Nós estamos pedindo a autorização judicial para que possamos fazer o enterramento desse corpo”, explicou o diretor do Numol.
Relembre o caso
O corpo foi achado por um catador de material reciclável, na manhã do dia 22 de março de 2023. Os pais, que na época estudavam Medicina, disseram que achavam que a mulher havia sofrido um aborto espontâneo e que descartar o corpo no lixo tinha sido “um ato de desespero”.
No entanto, a perícia constatou que o bebê não era natimorto. Ele nasceu vivo e foi morto por asfixia. Ainda conforme o laudo, o parto aconteceu entre a 34ª e a 35ª semana de gestação.
Os pais do bebê foram indiciados em agosto do ano passado por homicídio triplamente qualificado. A Polícia Civil listou como agravantes motivo fútil, submissão de vítima a ambiente com pouco oxigênio e o fato de os suspeitos serem genitores da vítima.
com T5