Uma mulher denunciou que está sendo vítima de perseguição nas redes sociais há quatro anos. Segundo ela, o homem grava vídeos com ameaças de agressão e estupro. O suspeito do crime é José Severino da Silva, funcionário da Prefeitura de Sapé.
O advogado do suspeito afirmou que José Severino cumprirá o determinado pela Justiça. A reportagem também tentou contato com a Prefeitura de Sapé, mas não obteve retorno.
Segundo a engenheira mecânica Tereza Carneiro, a perseguição contra ela começou em 2021, quando era membro de um conselho municipal de uma secretaria da gestão de Sapé, a mesma em que José Severino trabalha.
Tereza Carneiro já registrou mais de dez boletins de ocorrência e tem duas medidas cautelares contra o suspeito. De acordo com a Polícia Civil, um inquérito sobre o caso foi concluído e encaminhado para o Poder Judiciário.
Em uma das medidas cautelares, a Justiça determinou que o suspeito mantenha 500 metros de distância e proibiu qualquer contato físico ou verbal com a vítima. Mas o servidor continua enviando vídeos com ameaças.
“Eu venho, nesses últimos dois meses, sofrendo muito mais perseguição porque ele não para. Eu resolvi expor pra sociedade porque eu já não estava aguentando mais. Eu tenho uma filha, o vídeo roda, meu pai vê, minha mãe vê. E toda vez que ele vai a uma audiência, ele sai de lá pior”, afirmou Tereza Carneiro.
José Severino voltou a gravar um vídeo com ameaças na última sexta-feira (11): “Eu tava doido pra te ver. Eu tava dentro do carro, só de longe, olhando. E tu não comparecesse à audiência. Mas tem nada não, vamos deixar pra próxima”, afirmou José Severino.
“Graças a Deus, eu tenho recebido muitas mensagens de apoio das mulheres da Paraíba. Mas é inadmissível. O que eu peço é justiça. Eu não estou aguentando mais”, afirmou Tereza Carneiro.
Como denunciar
Denúncias de estupros, tentativas de feminicídios, feminicídios e outros tipos de violência contra a mulher podem ser feitas por meio de três telefones:
Além disso, na Paraíba o aplicativo SOS Mulher PB está disponível para celulares com sistemas operacionais Android e iOS e tem diversos recursos, como a denúncia via telefone pelo 180, por formulário e e-mail.
As informações são enviadas diretamente para o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, que fica encarregado de providenciar as investigações.
com G1 PB