Uma personal trainer é suspeita de quebrar o veículo e agredir um motorista de aplicativo na noite dessa quarta-feira (19), após um acidente de trânsito ocorrido no bairro José Américo, em João Pessoa. Ela havia registrado, em dezembro de 2024, uma denúncia relatando ter sido agredida por um motoqueiro, também após um desentendimento no trânsito.
No incidente dessa quarta-feira, testemunhas registraram em vídeo Luana Carvalho gritando com o homem e segurando um taco de beisebol, enquanto xingava e agredia a vítima com tapas e socos. Em outro vídeo, é possível perceber que as janelas, o parabrisa e os vidros traseiros do carro do motorista foram quebrados.
Na manhã desta quinta-feira (20), a Polícia Civil informou que o motorista, que trabalha com transporte por aplicativo, registrou boletim de ocorrência. Ele relatou que estava trabalhando, com um passageiro a bordo, quando, ao se aproximar de uma rotatória na Avenida Hilton Souto Maior, foi fechado por outro veículo.
De acordo com o condutor, precisou desviar para o acostamento, e ao tentar retomar a trajetória, o outro veículo continuou acelerando e freando bruscamente, enquanto ele tentava evitar a colisão.
Ao tentar ultrapassar pela faixa da esquerda, o motorista afirmou que o carro novamente foi em sua direção, momento que ocorreu a colisão, provocando o acidente.
“Conforme ele (o motorista) relatou, ela teria descido do veículo com um taco de beisebol, partido para cima da vítima. Ele informou que chegou a receber um soco no rosto e ela teria o ameaçado de posse desse instrumento. Também estão sendo colacionados alguns vídeos que demonstram a situação do veículo do motorista”, afirmou o delegado Cristiano Santana.
Ainda segundo o delegado, a vítima e a personal trainer foram intimidados a comparecer à delegacia, onde os depoimentos serão formalizados e as perícias requisitadas.
Personal denunciou agressão no trânsito em dezembro de 2024
No dia 2 de dezembro de 2024, a personal trainer Luana Carvalho registrou uma denúncia alegando ter sido agredida com golpes de capacete por um motoqueiro na Avenida Beira Rio, em João Pessoa. O incidente aconteceu na noite anterior, 1º de dezembro, quando Luana parou em um semáforo e acabou esbarrando na motocicleta.
De acordo com Luana, o motoqueiro começou a persegui-la até que ambos pararam no semáforo. O homem teria ultrapassado seu carro e estacionado de forma diagonal, ficando bem próximo ao veículo.
“Ele ficou olhando e eu perguntei: ‘O que foi?’. Eu não o conhecia, não tinha feito nada contra ele, e ele ficou só olhando para a minha cara. Quando o sinal abriu, eu buzinei, ele fingiu que ia sair na moto e freou. Aí, como eu estava muito próxima, porque ele colocou a moto muito perto, eu bati na moto dele. Foi quando ele caiu, se levantou enfurecido, quebrou o retrovisor do meu carro e dando chute no parachoque, que, inclusive, também quebrou”, afirmou Luana.
A personal trainer relatou que o suspeito a agrediu com um capacete até ela desmaiar. Ela sofreu várias escoriações pelo corpo, incluindo no rosto, braços e pernas, e precisou receber quatro pontos na cabeça.
“Foi quando eu baixei o vidro e pedi calma. Vi que ele não ia se acalmar e saí do carro. Quando eu fui saindo do carro, ele já veio pra cima de mim, me empurrando. Eu fui me defender, e ele me bateu com o capacete. Eu apaguei, e, na queda, eu voltei novamente, já estava no chão e ensanguentada, e ele já tinha se evadido do local”, afirmou a personal trainer.
No momento das agressões, Luana estava com sua companheira, Geovana Silva. Ela também relatou que o motociclista estava seguindo o carro em que elas estavam e olhando constantemente quem estava dentro do veículo.
Ela ainda contou que, ao tentar conversar com o motociclista, a personal trainer foi atacado por ele, apesar dos pedidos de calma. Quando Geovana tentou socorrer a companheira, encontrou ela desmaiada e ensanguentada no chão.
“Eu fiquei em estado de choque porque a gente nunca espera, a gente sabe que um dia pode acontecer, mas não sabe quem está ali do lado dirigindo. Por um motivo tão banal, a gente podia ter resolvido na conversa, o cara chegou assim, tão agressivo. Não precisava daquilo, até porque a forma como ele provocou parecia que ele já estava intencionado a brigar com alguém”, afirmou Geovana Silva.
com Jornal da Paraíba