Médico acusado de agredir ex-esposa na frente de filho nega acusações em interrogatório na Justiça

A Justiça da Paraíba ouviu nesta terça-feira (17) o depoimento do médico João Paulo Casado, acusado de agredir a ex-esposa na frente do filho em 2022. O interrogatório do médico aconteceu por meio de videoconferência e ele negou todas as acusações, de acordo com a defesa do investigado.

O depoimento do acusado foi o último ato da instrução processual, estágio em que o próprio investigado e também testemunhas são ouvidas pela Justiça. Depois disso, serão realizadas as alegações finais e a determinação da sentença do caso pela Justiça, mas ainda sem prazo para que isso aconteça.

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O interrogatório do médico foi adiado algumas vezes neste ano. O primeiro adiamento aconteceu em 28 de janeiro, quando uma das testemunhas de defesa não compareceu. Naquela sessão, foram ouvidas as testemunhas presentes: duas de acusação, quatro de defesa e a própria vítima. Era necessário o comparecimento desta testemunha para que o médico fosse ouvido posteriormente.

No segundo adiamento, a defesa do médico João Paulo Casado informou que a audiência não aconteceu porque o investigado estava nos Estados Unidos e enfrentou problemas técnicos para acessar a sala virtual da conferência.

Entenda o caso
O então diretor técnico do Complexo Hospitalar de Mangabeira, o Trauminha, em João Pessoa,foi investigado pela Polícia Civil por agressão contra a mulher. Segundo a delegada da Mulher Paula Monalisa, vídeos de 2022 mostram o médico João Paulo Souto Casado agredindo a ex-companheira, em pelo menos duas ocasiões diferentes. As imagens foram divulgadas pelas redes sociais do site Paraíba Feminina.

Em um dos vídeos, é possível ver quando o médico está em um elevador com a vítima e uma criança. Nas imagens, o suspeito puxa o cabelo da mulher e a empurra várias vezes, na frente da criança. Já em outras imagens, de setembro de 2022, a vítima é agredida com socos dentro de um carro.

À época da investigação policial, a delegada Paula Monalisa explicou que as imagens foram entregues à polícia, pela própria vítima, em agosto de 2023. “Ela procurou a delegacia e nos forneceu essas imagens. Ela também foi ouvida, com bastante riqueza de detalhes, e as medidas protetivas já foram solicitadas e deferidas pela Justiça”, disse a delegada.

O condomínio onde foram registradas as imagens denunciou o caso à Polícia Civil 18 dias após a filmagem, em abril de 2022. Apesar da denúncia, a Delegacia de Atendimento Especializado à Mulher (Deam) resolveu não investigar o caso, alegando que a vítima, à época, não queria representar contra o suspeito. O entendimento do STF, desde 2012, é de que casos devem ser investigados independentemente da vontade da vítima.

com G1 PB

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