João Pessoa está entre as 18 capitais que apresentaram valorização do aluguel de imóveis residenciais no mês de outubro, de acordo com nova pesquisa Fipezap. A Capital paraibana teve um aumento de +0,95%, percentual superado pelas cidades de Salvador (+2,63%), Cuiabá (+2,06%), Teresina (+1,60%), Natal (+1,48%), Porto Alegre (+1,32%) e Manaus (+1,06%).
De acordo com a pesquisa, o bairros com os imóveis mais caros pra locação são Cabo Branco (R$ 52,6 /m²), Tambaú (R$ 50,6 /m²), Jardim Oceania (R$ 49,1 /m²), Altiplano Cabo Branco (R$ 42,4 /m²), Brisamar (R$ 41,0 /m²), Manaíra (R$ 40,6 /m²), Bessa (R$ 40,5 /m²). Além deles, completam a lista Aeroclube (R$ 33,1 /m²), Portal do Sol (R$ 28,3 /m²) e Jardim Cidade Universitária (R$ 26,1 /m²).
Já quando avaliados os maiores aumentos no mês de outubro, lideram a lista Jardim Oceania, onde o preço dos imóveis para locação teve aumento de 24%, Jardim Cidade Universitária, com alta de 21,3% e Manaíra, com crescimento de 12% nos valores.
Outro recorte da pesquisa diz respeito à rentabilidade do aluguel, onde é avaliada a razão entre o preço médio de locação e o preço médio de venda dos imóveis. Com base em dados de outubro de 2024, o retorno médio do aluguel residencial foi avaliado em 6,72% em João Pessoa, índice superior à média nacional, que ficou em 5,96%.
De acordo com a corretora de imóveis Sol Ferreira, os bairros registrados na pesquisa são justamente os que têm maior procura na imobiliária.
“Tem alta demanda nesses bairros, e de fato o preço se manteve. Estima-se que agora, de dezembro a janeiro, 100% de lotação nas pousadas, hotéis, e a procura por aluguel por temporada, que para nós não é novidade. Mas o que realmente está crescendo é o aluguel anual. As pessoas vêm para João Pessoa, gostam, já querem ficar”, explicou.
A corretora frisou ainda, a mudança no comportamento do público na procura dos imóveis para locação em 2023 para este ano.
“O ano passado, na Imobiliária, a gente percebia que essa época do ano já era uma época mais parada para os aluguéis de imóveis anual, porque até então a Imobiliária, o ano passado, a gente só trabalhava mais com o anual, mas esse ano não, pelo contrário, a gente tá tendo muita procura por aluguéis em longo período”, comentou, Sol Ferreira.
Observando o comportamento dos preços de locação residencial em 36 cidades brasileiras, o Índice FipeZAP registrou uma elevação de 0,46% no aluguel residencial. Mesmo com o aumento, a porcentagem representou uma nova desaceleração em relação às variações observadas nos meses de junho (+1,43%), julho (+1,12%), agosto (+0,88%) e setembro (+0,65%).
As unidades que possuíam quatro ou mais dormitórios apresentaram uma valorização relativamente mais acentuada no mês (+0,91%), contrastando com o incremento menos expressivo entre imóveis com três dormitórios (+0,19%).
Em comparação a outros índices e preços da economia, o comportamento médio dos alugueis residenciais foi inferior às variações mensais do IPCA/IBGE (+0,56%) e do IGP-M/FGV (+1,52%).
Pauta Real