O homem que se apresenta como companheiro de Gilson Cruz Nunes, de 63 anos, foi preso suspeito de assassinar e enterrar o corpo do professor aposentado, que era considerado desaparecido desde o domingo (4). De acordo com a Polícia Civil, o homem, que havia denunciado o suposto desaparecimento, mentiu sobre o afogamento na praia da Penha, em João Pessoa.
O suspeito foi identificado como Tércio Alves da Silva, de 29 anos. De acordo com a Polícia Civil, na delegacia, na presença de um advogado, ele confessou o crime e afirmou ter matado a Gilson, com um golpe de faca, após um desentendimento ocorrido no início da manhã do último dia 4, na residência do professor no bairro Cuités, em Campina Grande.
Após o crime, o suspeito envolveu o corpo de Gilson em um lençol e foi até a cidade de Massaranduba. Ele o enterrou no interior de um orquidário pertencente à vítima, localizado na Zona Rural do município.
Depois, o suspeito se dirigiu à João Pessoa, onde criou a ocorrência de desaparecimento da vítima na praia da Penha, com um suposto afogamento. O Corpo de Bombeiros e o Grupamento Tático Aéreo foram acionados e realizaram buscas no mar.
Diante da negativa do encontro do cadáver da vítima, as Delegacias de Homicídios de Campina Grande e de João Pessoa, com o apoio da Unidade de Inteligência da Polícia Civil, passaram a realizar investigações qualificadas, que culminaram com a prisão do suspeito e encontro do corpo.
O Corpo de Bombeiros foi acionado para a exumação do cadáver, que estava concretado, e as perícias devidas foram realizadas pelo Instituto de Polícia Científica de Campina Grande.
O preso foi autuado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver e será encaminhado à audiência de custódia.
Entenda o caso
Gilson Cruz Nunes era considerado desaparecido desde o último domingo (4) em João Pessoa. O desaparecimento foi inicialmente relatado pelo suposto companheiro da vítima ao Corpo de Bombeiros. Dois boletins de ocorrência foram registrados sobre o caso.
No boletim de ocorrência que Tércio registrou na última quarta-feira (7), em Campina Grande, ele relatou que foi passar o fim de semana com Gilson na praia da Penha de João Pessoa, onde professor teria desaparecido após mergulhar no mar. Ele afirmou que convivia com Gilson havia oito anos, em união estável, e tentou justificar o desaparecimento mencionando que o professor sofria de depressão há cerca de cinco anos.
Após serem informados sobre o desaparecimento, os Bombeiros iniciaram as buscas. No entanto, de acordo com a corporação, câmeras de segurança foram analisadas em um estabelecimento próximo ao local onde Gilson teria desaparecido, com a conclusão de que em nenhum momento houve a identificação do aposentado nas imagens, nem que ele teria entrado no mar.
O advogado da família de Gilson Cruz, Leônidas Chaves, disse que uma pessoa próxima aos parentes fez um boletim de ocorrência após alguns dias do desaparecimento e, ao chegar na Polícia Civil foi informada do documento que havia sido feito pelo companheiro do professor. Leônidas disse que os familiares não sabiam do relacionamento.
com G1 PB
1
2
3
4
5