Donald Trump sugere apoio à mudança de regime no Irã; Rússia e China condenam ataques dos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, indicou que poderia apoiar a derrubada do governo iraniano através de um processo conhecido na geopolítica como “mudança de regime”.

“Não é politicamente correto usar o termo ‘Mudança de Regime’, mas se o atual regime iraniano não consegue fazer o Irã grande novamente, por que não haveria uma mudança de regime?”, afirmou, em publicação na rede Truth Social nesse domingo (22).

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Na semana passada, o republicano já havia dito que sabe a localização do líder supremo do Irã, Ali Khamenei, mas que os EUA não pretendem assassiná-lo, “pelo menos não por enquanto”. Israel, de sua parte, tem evitado descartar esse cenário, embora insista que o objetivo principal é desmantelar o programa nuclear do país persa.

Em uma outra publicação, Trump caracterizou como “monumental” os danos causados pelos ataques americanos a instalações iranianas na noite de ontem.

Os bombardeiros foram “duros e precisos”, de acordo com ele. “Grande habilidade foi demonstrada por nossos militares”, elogiou.

Bombardeiros pousaram em segurança no Missouri
Trump ainda afirmou que os aviões bombardeiros usados na operação que mirou bases nucleares do Irã ontem estão de volta ao território americano.

“Os grandes pilotos do B-2 acabaram de pousar, em segurança, no Missouri”, afirmou o republicano, em publicação no Truth Social.

Dois grupos de aeronaves foram usadas na chamada “Operação Martelo da Meia-Noite”.

Um deles decolou da base aérea de Whiteman Air, no Missouri, em direção ao Oceano Pacífico, como parte de um esforço para enganar a defesa iraniana, de acordo com o Pentágono. O segundo grupo saiu mais tarde a caminho do leste para serem usados nos bombardeios.

Rússia e China condenam ataques
A Rússia condenou “veementemente” os ataques dos Estados Unidos a três instalações nucleares do Irã. Em comunicado divulgado neste domingo (22) a diplomacia russa chamou os bombardeios de “decisão irresponsável” e alegou uma violação flagrante ao direito internacional.

“A decisão irresponsável de realizar ataques com mísseis e bombas no território de um Estado soberano, independentemente dos argumentos apresentados, viola flagrantemente o direito internacional”, disse o Ministério de Relações Exteriores do país.

Em uma mensagem divulgada em um canal do aplicativo Telegram, o ex-presidente Dmitri Medvedev, membro do Conselho de Segurança da Rússia, ironizou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. “Trump, que assumiu como um presidente pacificador, iniciou uma nova guerra pelos EUA”, afirmou Medvedev, acrescentando que, dessa forma, o presidente americano “não ganhará o Nobel da Paz”.

No mesmo sentido, um informe divulgado na mídia estatal da China afirmou que os Estados Unidos estariam “repetindo o erro cometido no Iraque”, referindo-se à invasão americana no país em 2003. “A história tem demonstrado repetidamente que intervenções militares no Oriente Médio frequentemente produzem consequências não intencionais, incluindo conflitos prolongados e desestabilização regional”, afirmou a mídia chinesa.

O ministro de Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, chamou o ataque de “perigoso, ilegal e criminoso”. No X (antigo Twitter), Araqchi afirmou que os Estados Unidos “cometeram uma grave violação à Carta da ONU e ao direito internacional” ao destruir “instalações nucleares pacíficas”. “Os eventos desta manhã são ultrajantes e terão consequências eternas”, afirmou o diplomata iraniano.

com Band.com.br

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