Diretor do Arlinda Marques diz que criança abandonada pela mãe pode ter sido exposta às drogas; ouça

Mais um capítulo na história da criança de cinco anos que foi abandonada pela própria mãe no Complexo Pediátrico Arlinda Marques (CPAM), em João Pessoa. Durante entrevista exclusiva à Rádio Arapuan FM nesta sexta-feira (31), o diretor-técnico da unidade, o médico Adriano Brilhante, revelou que a criança pode ter sido exposta às drogas em decorrência do quadro de vulnerabilidade social apresentado pela mãe.

Brilhante detalhou o processo envolvendo a criança, ao relatar que ela deu entrada na unidade no último dia 16 de fevereiro com quadro grave de tuberculose pulmonar, que evoluiu para meningite. Ele afirmou que desde o primeiro momento, foi percebido pelo serviço social do hospital que a mãe apresentava situação de vulnerabilidade social e que a criança tinha sinais de maus tratos.

Diante da situação, a unidade entrou em contato com o Conselho Tutelar de Caaporã, município de origem da paciente, que conseguiu identificar o companheiro da mãe, que chegou a ir até a unidade, porém, se recusou a ficar com a menina. Depois, outro parente também foi ao hospital, mas só ficou alguns dias e decidiu não continuar o acompanhamento.

Ainda de acordo com o diretor, com a ausência da mãe e da família, além do pai biológico, que faleceu há cerca de dois anos, a equipe médica do hospital decidiu então, por conta própria, acompanhar mais de perto a criança na enfermaria e intensificar os cuidados. Ele revelou, inclusive, que foi feita entre os funcionários uma “vaquinha” para comprar itens pessoais de higiene, além de aumentar a equipe para não deixar a criança sozinha.

Questionado se a mãe seria usuária de drogas e a criança poderia ter sido exposta a esses entorpecentes, Adriano Brilhante revelou que ela apresentava sinais que indicam o uso e que o ambiente social apresentado pela mãe sugeria o comportamento. Ele citou ainda que vai acontecer na próxima terça-feira (4) uma reunião entre representantes do hospital, Ministério Público da Paraíba (MPPB) e o Conselho Tutelar para decidir quais medidas serão tomadas, já que a criança apresenta quadro clinico que permite a alta médica.

com Paraíba.com.br

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