O policial militar aposentado que matou um professor na manhã desta terça-feira (12) disse que não se lembra do crime. Foi o que revelou o advogado Ideltônio Moreira, no início da tarde desta terça-feira (12).
De acordo com a defesa, Antônio Francisco de Sales, de 80 anos, tem problemas psiquiátricos e faz uso de medicamentos controlados. O idoso alega que não sabe por que atirou no professor. A Polícia Civil investiga se vítima e suspeito se conheciam.
“A defesa tem dois laudos que comprovam que o policial aposentado tem problemas mentais. Ele pouco lembra do que ocorreu. Por enquanto, não há evidências de premeditação do crime. Como não temos dados concretos sobre esse fato, não sabemos como a acusação será formalizada. Por hora, vamos aguardar a realização do exame de corpo de delito e da audiência de custódia”, disse o advogado Ideltônio Moreira.
A defesa confirmou que a arma usada no crime era do próprio Antônio Francisco de Sales, mas não soube explicar por que uma pessoa com problemas psiquiátricos possuía porte de arma.
“Isso é algo que deve ser questionado aos profissionais responsáveis pelo controle de armas”, pontuou.
O crime
Um professor de matemática foi morto na frente de uma escola privada por volta das 7h desta terça-feira (12) no bairro José Américo, em João Pessoa. Segundo informações da Polícia Civil, Luecir Brito estava acompanhado da filha quando foi surpreendido por um homem já efetuando os disparos. Um policial militar reformado de 81 anos foi preso suspeito do crime.
Ainda conforme a polícia, o professor trabalhava nesta escola e sua filha estudava lá pela manhã. O suspeito teria seguido o professor até a entrada do estabelecimento, quando atirou. Luecir foi morto com cinco tiros.
Ainda não se sabe a motivação do crime. A polícia informou que além da filha do professor, várias outras pessoas testemunharam o fato. Conhecidos da vítima e testemunhas afirmam que ele não tinha desavenças.
O policial fugiu após o ocorrido, mas foi detido duas quadras depois da escola por um agente da Polícia Civil que estava passando no momento. Ele foi levado para a Central de Polícia Civil, situada no bairro do Geisel.
com T5