Com homenagens de parentes e amigos, cantor e compositor Antônio Barros é enterrado em João Pessoa

O cantor e compositor Antônio Barros foi enterrado no fim da tarde deste domingo (6) no Cemitério Parque das Acácias, em João Pessoa. A despedida do artista paraibano, que morreu aos 95 anos, foi repleta de homenagens de amigos e familiares.

Antônio Barros morreu na manhã deste domingo, no Hospital Nossa Senhora das Neves, onde estava internado desde o último dia 26 de janeiro. O cantor e compositor sofria de Parkinson e estava internado por complicações da doença.

Velório de Antônio Barros conta com homenagens de familiares, amigos e fãs — Foto: Deyse Ponciano/TV Cabo Branco

Durante o velório, parentes, amigos e admiradores da obra do cantor e compositor compareceram para fazer homenagens, cantando composições dele, como “É Proibido Cochilar” e “Bate Coração”.

Artistas como Alcymar Monteiro e Jorge Altinho estiveram no velório de Antônio Barros.

Antônio Barros, compositor paraibano, completa 90 anos nesta quarta-feira (11) — Foto: Reprodução/TV Cabo Branco

Vida e obra
Nascido em 1930 em Queimadas, Antônio Barros começou a compor na década de 1950. Após se mudar para Campina Grande, 20 anos depois, ele conheceu Mary Maciel Ribeiro, a Cecéu.

Ao lado de Cecéu, companheira dele na vida e na música, a dupla compôs vários sucessos que ganharam o mundo nas vozes de Elba Ramalho, Fagner, Luiz Gonzaga, Gilbero Gil, Ney Matogrosso, entre outros artistas. Foram mais de 700 músicas, entre as principais estão “Homem com H”, “Bate Coração” e “Procurando Tu”.

“Em 1930 não conhecia nada, não sabia que o mundo era redondo. Fui para Campina Grande, ficamos lá até minha vivência de adulto, fui para recife, e a partir daí começou minha vida profissional”, disse o compositor quando completou 90 anos.

“Estava escrito nas estrelas, porque aos meus nove anos eu estudava no colégio São Vicente de Paulo e já ia cantando música de Antônio Barros. Em 1971, quando nos conhecemos, ficamos sete meses conversando, e Antônio voltando para o Rio, passou esse tempo lá, quando voltou ele disse para nos unir e fazer uma dupla, porque eu já tinha alguns trabalhos feitos. Eu disse: topo”, contou Cecéu em 2020.

Patrimônio cultural imaterial da Paraíba
Uma lei publicada em 2021 reconheceu a obra do casal como patrimônio cultural imaterial do Estado da Paraíba. A lei é de autoria da então deputada estadual Estela Bezerra (PT), que justifica o reconhecimento pelo casal representar não só a musicalidade, mas também a cultura do estado. “[Antônio Barros e Cecéu] são a própria essência do povo nordestino. Suas composições atravessam as gerações como a melhor expressão da nossa gente, da nossa terra e do nosso espírito paraibano e nordestino”, destacou a deputada.

com G1 PB

WhatsApp
Telegram
Twitter
Facebook

Mais lidas

1

Agendamento do Censo Previdenciário dos servidores da PB inicia nesta segunda-feira (19)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Digite o assunto de seu interesse: