O médico Fernando Paredes Cunha Lima, acusado de estuprar seis crianças durante atendimentos em um consultório pediátrico em João Pessoa, continua detido no Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), localizado em Abreu e Lima, município da Região Metropolitana do Recife. Embora a Justiça da Paraíba já tenha autorizado sua transferência para a Capital Paraibana, o processo está atrasado devido à pendência de autorização da Justiça de Pernambuco.

A transferência do médico deveria ter ocorrido até esta quinta-feira (1º), conforme o prazo estipulado. No entanto, a mudança ainda não foi efetivada. A Gerência Executiva do Sistema Penitenciário da Paraíba está pronta para realizar o deslocamento, com o presídio especial do bairro do Valentina de Figueiredo já informado e preparado para receber o acusado.

Apesar da estrutura já estar pronta em João Pessoa, incluindo uma cela específica reservada para Fernando, a juíza Virgínia Gaudêncio, da 4ª Vara Criminal de Recife, ainda não autorizou a remoção. A documentação pendente impede que a equipe da gerência se desloque até Pernambuco para cumprir o mandado.

O caso teve grande repercussão após vir à tona em agosto de 2023, quando a mãe de uma menina de 9 anos denunciou os abusos. A partir daí, outras famílias procuraram a polícia, o que resultou na denúncia do Ministério Público da Paraíba contra o médico por estupro de vulnerável. As vítimas somam seis crianças, sendo cinco meninas e um menino.

O advogado de defesa de Fernando Paredes Cunha Lima não se manifestou sobre o andamento do processo. Já o advogado das famílias das vítimas afirma estar acompanhando de perto o caso e aguarda uma resposta da Justiça Pernambucana.

A expectativa é de que, com a liberação pendente, Fernando seja transferido o quanto antes para João Pessoa, onde deve continuar preso até, pelo menos, a conclusão do processo judicial.

com T5