Bolsonaro veta faixas contra Moraes, Lula ou STF em ato na Avenida Paulista, dia 25

Ao convocar apoiadores para participarem de um ato na Avenida Paulista, no próximo dia 25, em sua defesa, o ex-presidente Jair Bolsonaro, pela primeira vez, pediu a seus eleitores que não levem consigo qualquer faixa ou cartaz contra seus adversários. A orientação é apenas trajar roupas verde-amarelas.

A informação é da coluna “Maquiavel”, publicada nesta quarta-feira (14) na edição digital da revista Veja.

Investigado por participação em uma suposta tentativa de golpe contra a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Bolsonaro, de acordo com a coluna, pretende agora apenas demonstrar força política e não complicar ainda mais sua situação fazendo ou ouvindo xingamentos contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Em setembro de 2021, também na Avenida Paulista, o então presidente chamou Moraes de “canalha” e afirmou que não iria cumprir suas determinações judiciais. Na época, as ordens eram relacionadas justamente a declarações ou reuniões classificadas como antidemocráticas e também a afirmações que levantavam dúvidas sobre a legalidade do sistema eleitoral brasileiro.

“Temos um ministro do Supremo que ousa continuar fazendo aquilo que nós não admitimos. Ou esse ministro se enquadra ou ele pede para sair”, declarou Bolsonaro, sobre Moraes. E, diante da multidão, continuou: “Acabou o tempo dele. Sai, Alexandre de Moraes. Deixa de ser canalha. A paciência do nosso povo já se esgotou, não podemos admitir um sistema eleitoral que não oferece qualquer segurança.”

O convite para o evento do próximo dia 25 foi replicado nas redes sociais na noite desta segunda-feira (12) por aliados que já falam em reunir mais de 500 mil pessoas na Paulista. A manifestação em “defesa do estado democrático de direito” também deve servir para pressionar políticos que buscam apoio do ex-presidente para as eleições de 2024 ou que se elegeram em 2022 com a bandeira bolsonarista, como o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), e o governador paulista, Tarcísio de Freitas, a se posicionarem mais claramente em favor do ex-mandatário da nação.

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