Investigadores que estão apurando o escândalo do INSS, que vitimou milhares de idosos no país desde 2016, identificaram semelhanças entre o caso e uma investigação feita pelo Gaeco, do Ministério Público da Paraíba, no fim do ano passado.
Uma das coincidências é a presença da Associação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil (AAPB) nas duas investigações.
Conforme o Gaeco, a entidade é um dos alvos de um ‘esquema’ que teria fraudado procedimentos junto à Comarca de Gurinhém.
No fim do ano passado vários mandados de busca e apreensão foram cumpridos, numa ação batizada como “Operação Retomada”.
Uma das ordens judiciais foi a de afastamento do cargo, pelo período de um ano, do juiz Glauco Coutinho – um dos investigados pelo Gaeco. Além dele, três advogados também estão na mira dos investigadores.
O grupo, contudo, não tem relação com o caso bilionário (R$ 6 bilhões) investigado pela PF junto ao INSS.
Na fraude do INSS a atuação era administrativa e a AAPB é alvo de um pedido feito pela Advocacia Geral da União (AGU) que pede o bloqueio de R$ 2,5 bilhões. Os recursos seriam usados, mais à frente, para ressarcir parte das vítimas.
O modo de atuação analisado na Paraíba tinha como base ações judiciais coletivas para suspender empréstimos consignados e abrir margem para novos financiamentos; assim como a simulação de acordos coletivos onde os aposentados e pensionistas, às vezes, não tinham o conhecimento dos termos – acarretando descontos nos contracheques.
A partir das descobertas, os investigadores agora estão compartilhando informações na tentativa de aprofundar as ‘coincidências’.
com Jornal da Paraíba
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