O diretor do Hospital Padre Zé, padre George, afirmou nessa quarta-feira (2) que a quitação da dívida de R$ 13 milhões deixada pela antiga gestão da unidade pode levar até oito anos para ser concluída. Mesmo com o bloqueio judicial de bens do ex-diretor, padre Egídio de Carvalho, o hospital segue sem acesso a esses recursos e precisa arcar, mensalmente, com o pagamento de quase R$ 300 mil referente ao débito com a Caixa Econômica Federal.
“O ex-gestor tem R$ 116 milhões em bens bloqueados, mas não temos acesso. Temos uma dívida de R$ 13 milhões com a Caixa, e estamos pagando desde dezembro quase R$ 300 mil todo mês. A alienação desses bens está sendo avaliada, mas acredito que ainda vai levar uns seis, sete, oito anos”, disse o padre George.
A dívida foi contraída pela gestão anterior, sem que houvesse melhorias na estrutura do hospital. Além do rombo financeiro, denúncias de corrupção, reprovação de contas e bloqueio de repasses públicos agravaram a crise, quase resultando no fechamento da unidade em abril.
Para garantir maior transparência e fortalecer a governança, o Hospital Padre Zé está em processo de transformação em fundação. O estatuto da nova entidade já foi elaborado e está sendo finalizado junto ao Ministério Público da Paraíba (MPPB). O novo modelo inclui a criação de um conselho deliberativo, auditorias regulares e acompanhamento do MPPB.
O hospital também recebeu uma doação inicial de R$ 200 mil para auxiliar na recuperação da unidade.
da Redação