O casal fundador da Braiscompany, Antônio Ais e Fabrícia Farias, teve uma filha na Argentina no último dia 29 de junho, enquanto cumpre prisão domiciliar à espera da extradição para o Brasil. Antônio e Fabrícia estão presos desde 2024, acusados de desviar mais de R$ 1,1 bilhão de aproximadamente 20 mil vítimas, em um dos maiores esquemas de pirâmide financeira com criptomoedas do país.
Antônio Ais apareceu nas redes sociais no último domingo (29) e publicou em seu Instagram, uma foto da criança recém nascida, mas logo se arrependeu e apagou a postagem.
Apesar do nascimento do bebê, o processo de extradição segue em andamento. Segundo o advogado criminalista Artêmio Picanço, o fato não impede a extradição, mas pode provocar novos atrasos na tramitação.
“O fato de ter a filha não impede a extradição, contudo provavelmente atrasa. Provavelmente atrasa”, afirmou o jurista.
Ele explicou que, embora a Corte Suprema da Argentina reconheça o direito à convivência familiar, não existe impedimento legal para a extradição de estrangeiros com filhos menores de idade.
Picanço destacou ainda que jurisprudências da própria Corte já validaram extradições nesses casos, desde que sejam respeitadas garantias básicas de proteção à criança.
“A extradição por si só configura também uma separação temporária entre os pais e filhos que não viola a Convenção sobre os Direitos da Criança, desde que sejam observadas garantias básicas”, completou.
O Brasil já concluiu a parte formal do processo e agora aguarda a decisão final do governo argentino, responsável por autorizar ou não o retorno dos réus ao país.
da Redação