O furto de duas aves do Parque Zoobotânico Arruda Câmara (Bica), em João Pessoa, foi registrado na manhã desse domingo (29). De acordo com o secretário de Meio Ambiente do Município, Wellison Silveira, os animais levados são um papagaio verdadeiro e uma arara-vermelha, ambos parte do plantel do parque e mantidos no local por não terem condições de retornar à natureza.
Segundo o secretário, a direção do parque e a Prefeitura adotaram medidas imediatas: foi registrado boletim de ocorrência, além de realizadas reuniões com a Polícia Civil e a Secretaria de Segurança Urbana da capital. A administração municipal também anunciou que vai instalar câmeras de segurança, ampliar o efetivo da Guarda Civil Municipal e intensificar as investigações sobre o furto.
Wellison Silveira reforça que a compra e venda de animais silvestres é crime, previsto na Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98), com pena de detenção de seis meses a um ano, além de multa. Ele fez um apelo à população para que não adquira animais dessa natureza e denuncie qualquer flagrante de comercialização.
“A gente alerta as pessoas para que não comprem. Não existe venda legal de animais silvestres. Existem ações que destinam esses animais, quando não podem voltar à natureza, para locais apropriados, como o nosso Parque Arruda Câmara”, afirmou o secretário.
Silveira destacou que todos os animais da Bica são frutos de resgates, tráfico ou abandono, e nenhum foi adquirido por meio de compra. Muitos, segundo ele, são entregues por órgãos ambientais e passam por processos de reabilitação.
“Nós não compramos animais. Recebemos aqueles que não têm condições de voltar à natureza, por mutilações ou outros motivos. Sendo possível, eles são devolvidos ao habitat. Caso contrário, permanecem sob nossos cuidados”, explicou.
A suspeita é de que os animais tenham sido furtados com o objetivo de revenda no mercado ilegal, o que, segundo a Prefeitura, é totalmente reprovável e combatido pelas autoridades.
A população pode colaborar com as investigações denunciando práticas ilegais por meio dos canais da Polícia Civil, Polícia Ambiental e órgãos de fiscalização municipal.
da Redação