O médico paraibano Laércio Ataíde salvou a vida de um bebê de 5 meses que estava engasgado durante um voo entre Recife e São Paulo na manhã dessa quarta-feira (18).

Durante o voo, o médico explicou que estava dormindo e que a esposa dele foi quem o alertou que a mãe da criança gritava por socorro. O médico disse que quando encontrou a bebê ela estava desacordada e sem batimentos cardíacos.

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“Teve o grito de uma mãe desesperada, que a criança dela estava morrendo. Eu estava dormindo e minha esposa que escutou, me acordou. Nós estávamos a duas fileiras atrás da bebê e no mesmo momento levantei e assumi a situação de emergência. Ela estava em parada cardíaca, não tinha batimentos cardíacos, não respirava”, disse.

O médico relatou ainda que por já ter experiência nesses casos, ele suspeitou que o engasgo da criança estava relacionado ao leite materno. Ele disse que por conta disso adotou os procedimentos padrões para esses casos.

“Eu fiz uma manobra que se faz para desobstruir as vias aéreas, no qual eu coloco a criança de bruços e dou umas tapinhas nas costas para ver se desobstrui as vias aéreas, mas não surtiu efeito. No mesmo momento, comecei massagem cardíaca e respiração boca-boca, foi aí que eu tive as primeiras reações”, explicou.

Laércio Ataíde contou também que, nesses casos de engasgamento, os cinco primeiros minutos são primordiais, e que toda a dinâmica para trazer a bebê de volta à vida se deu justamente nesse período de tempo.

Além disso, o médico explicou que durante os procedimentos de saúde ele precisou pedir para que o avião pousasse no aeroporto mais próximo naquele momento. A gravidade da situação fez com que o avião alterasse a rota para realizar um pouso de emergência em Montes Claros, no Norte de Minas Gerais.

Após o atendimento inicial, o bebê foi estabilizado e levado para a Santa Casa de Montes Claros, onde permaneceu em observação até às 12h e depois foi liberado.

Médico já salvou outra criança em voo
O médico disse ainda que salvar um bebê engasgado durante um voo não foi um fato inédito. É a segunda vez que isso acontece em uma viagem. Na primeira oportunidade, ele estava voltando de lua de mel, durante uma escala Nova Iorque e Rio de Janeiro.

“No meio do voo aconteceu o fato de uma criança gravíssima, que era uma desidratação grave, uma criança neuropática tinha ido para um tratamento em Nova Iorque e nesse momento fomos acionados e eu como anestesista usei todos os soros que tinham no avião. Foi um momento de muita luz na minha vida”, disse.

Ele explicou que a criança ficou bem no caso e que seguiu viagem após a situação, que no caso o voo não pôde pousar em aeroportos próximos.

com Jornal da Paraíba