O Ministério das Relações Exteriores afirmou neste sábado (14) que monitora a situação das duas delegações de políticos brasileiros que cumpriam viagem oficial a Israel nesta semana – e ficaram “presas” no país com o fechamento do espaço aéreo e o agravamento da crise com o Irã.
Segundo o Itamaraty, a embaixada brasileira em Tel Aviv está em contato com as comitivas, e o ministério está em contato com o governo de Israel “para que ambos os grupos tenham garantias de segurança e possam retornar ao Brasil assim que as condições naquele país permitirem.”
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A nota cita, também, a possibilidade de os grupos deixarem Israel por terra rumo à Jordânia, de onde poderiam embarcar de volta. O aeroporto internacional de Tel Aviv foi fechado na noite de quinta (12) e não há prazo previsto para a reabertura.
“O Ministro das Relações Exteriores manteve contato hoje com seu homólogo da Jordânia, com o objetivo de abrir uma alternativa de evacuação por aquele país, quando as condições de segurança em Israel permitam um deslocamento por terra até a fronteira”, diz o comunicado.
Ainda de acordo com o Itamaraty, o secretário de África e Oriente Médio do ministério pediu “tratamento prioritário” à diplomacia israelense para garantir a saída das delegações em segurança.
“Até o momento, autoridades israelenses têm aconselhado as comitivas estrangeiras a permanecerem no país, até que as condições permitam qualquer deslocamento desses grupos por via aérea ou terrestre”, afirmou a pasta.
Gleisi fala com autoridades
Durante a tarde deste sábado (14), a ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann conversou por telefone com os prefeitos Álvaro Damião, de Belo Horizonte, e Cícero Lucena, de João Pessoa, que estão em Israel, próximo a zona de conflito.
Na conversa, a ministra explicou que o governo tentando achar formas de repatriar os brasileiros e que está com dificuldades, uma vez que o espaço aéreo da região está fechado. A ministra deve falar novamente com as autoridades neste domingo.
“A ministra transmitiu ao prefeito Damião, que coordena o grupo de brasileiros no local, as tratativas, desde ontem, do Ministério das Relações Exteriores do Brasil com autoridades de Israel para providenciar o retorno em segurança da delegação e de um grupo de representantes do Consórcio Brasil Central, que também se encontram em território israelense”, afirmou o ministério.
Grupo parlamentar critica governo brasileiro
O grupo parlamentar Brasil – Israel, composto por senadores e deputados federais emitiu uma nota de indignação ao governo brasileiro e fazendo um gesto de solidariedade à Israel, em função dos ataques realizados pelo Irã.
“Causa indignação a postura do atual governo do Brasil, que, mais uma vez, escolhe se alinhar aos que disseminam o terror, em vez de se posicionar firmemente ao lado das nações livres e democráticas”, afirmou o texto.
A nota, assinada pelo senador Carlos Vianna (Podemos-MG), presidente do grupo, ainda aponta que o posicionamento do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva coloca em risco a população brasileira que tenta sair da zona de conflito.
“A posição do governo brasileiro, inclusive, prejudica e atrasa as negociações para a retirada das comitivas brasileiras que se encontram em solo israelense”, disse Vianna.
Autoridades brasileiras em Israel
Na noite de sexta-feira (13), a Comissão de Relações Exteriores do Senado Federal fez um levantamento de todas as autoridades brasileiras que estão em zona de guerra e esperam por uma saída para conseguir voltar para o Brasil.
A comissão, presidida pelo senador Nelsinho Trad (PSD-MS), ainda fez uma solicitação de apoio às Forças Aérea Brasileira (FAB), para repatriar esses brasileiros que estão em território israelense.
Entre eles, estão:
Distrito Federal
Goiás
Mato Grosso do Sul
Rondônia
Consórcio Brasil Central
Prefeitos e vice-prefeitos
com G1