Desocupação tem leve alta na PB, mas fica abaixo de níveis históricos

A taxa de desocupação na Paraíba registrou uma leve alta no primeiro trimestre de 2025, acompanhando a tendência observada em todo o país. Apesar do aumento em relação ao trimestre anterior, o índice estadual segue abaixo dos patamares registrados em anos anteriores, refletindo uma recuperação gradual do mercado de trabalho.

No cenário nacional, a taxa de desocupação chegou a 7,0%, um avanço de 0,8 ponto percentual na comparação trimestral. Ainda assim, houve queda de 0,9 p.p. em relação ao mesmo período de 2024, configurando o menor índice para trimestres encerrados em março desde o início da série histórica da PNAD Contínua.

Na Paraíba, o crescimento do desemprego foi impulsionado pela retração no número de vagas em setores importantes como construção civil e serviços. Por outro lado, o rendimento médio dos trabalhadores subiu para R$ 3.410, representando alta de 1,2% frente ao trimestre anterior. O dado aponta para um leve aumento no poder de compra da população, apesar da informalidade ainda expressiva no estado.

Dados do Boletim de Emprego e Rendimento de 2024 da Sudene indicam que a Paraíba encerrou o ano passado com 520.348 empregos formais, um crescimento de 6,5% em relação a 2023. Campina Grande se destacou como principal polo empregador, com 106.776 postos de trabalho formais. O setor de serviços liderou na geração de empregos, seguido pelo comércio.

Ainda assim, a remuneração na região permanece abaixo da média nacional. O rendimento médio na Paraíba foi de R$ 2.676,18 em 2024, enquanto no Brasil o valor chegou a R$ 3.706,90.

A taxa média anual de desocupação na Paraíba em 2024 foi de 8,3%, a menor da última década. Entre 2015 e 2024, o estado enfrentou taxas variando de 8,3% a 17,8%, sendo o pico registrado em 2020, durante a crise provocada pela pandemia de Covid-19.

O crescimento de empregos formais nos setores de comércio e indústria ajudou a sustentar a melhora no mercado de trabalho paraibano. Em contrapartida, atividades como construção civil e serviços domésticos apresentaram redução nas ocupações.

Especialistas apontam que, para manter a trajetória de recuperação, o estado precisa investir em qualificação profissional e infraestrutura, especialmente nas cidades de médio porte, de forma a atrair mais investimentos e oportunidades de trabalho.

da Redação

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