O médico paraibano João Paulo Casado será ouvido em uma audiência de instrução marcada para esta terça-feira (28), no Fórum Criminal de João Pessoa. Ele é acusado de agredir a ex-companheira em 2023, em um episódio que foi registrado por câmeras de segurança e divulgado amplamente nas redes sociais. As imagens mostram as agressões ocorrendo em um elevador, na presença de um menor de idade.
A advogada da vítima, Géssica Liliane, informou que, na audiência, serão ouvidas todas as partes do processo, conforme determina o Código de Processo Penal. “A vítima será ouvida primeiro, seguida pelas testemunhas de acusação, depois as de defesa e, por último, o acusado. O procedimento pode incluir as alegações finais orais, e, caso tudo seja concluído, o magistrado poderá apresentar a sentença”, explicou.
A sessão acontecerá de forma híbrida, com participação presencial e virtual. A audiência foi inicialmente marcada para uma data anterior, mas adiada após a defesa de João Paulo justificar a necessidade de comparecer a outra audiência em Brasília.
Acusações e processo
A denúncia apresentada contra o médico inclui três condutas: violência doméstica com lesão corporal, violência psicológica e vias de fato. Estas condutas estão previstas na Lei Maria da Penha e na legislação sobre contravenções penais. Na época, João Paulo foi afastado do cargo de diretor técnico do Ortotrauma de Mangabeira (Trauminha) e teve as atividades médicas suspensas temporariamente.
O início da audiência está programado para as 8h, e o acompanhamento do caso seguirá com atualizações durante o dia.
Relembre o caso
As acusações contra João Paulo ganharam repercussão após a divulgação de imagens de câmeras de segurança em setembro de 2023, que mostram o médico desferindo socos na ex-companheira dentro de um elevador e no carro do casal, em episódios ocorridos em abril e setembro de 2022. Os vídeos foram entregues à polícia pela própria vítima, Rafaella Lima.
Em consequência da repercussão, João Paulo foi exonerado de suas funções como diretor-técnico do Hospital Ortotrauma de Mangabeira (Trauminha) e servidor do Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. Além disso, o Corpo de Bombeiros da Paraíba abriu um procedimento interno para investigar a conduta do militar, resultando em seu afastamento imediato.
João Paulo responde em liberdade, e apesar da gravidade das acusações e dos vídeos, teve sua prisão preventiva negada pela Justiça.
com T5