Uma mulher de 43 anos, aposentada por invalidez, disse à Justiça ter ganhado R$ 109 mil em apostas na Galera Bet em dezembro de 2022, mas que até hoje não recebeu o prêmio.
No processo aberto contra a bet, ela afirma que fez dois jogos vencedores nos dias 11 e 13 de dezembro de 2022 só que não conseguiu realizar os saques.
Ela disse ter recebido uma mensagem solicitando que enviasse seus documentos para a plataforma, mas continuou sem receber o prêmio.
Ao procurar seguidamente o SAC (Sistema de Atendimento ao Consumidor), a informação era sempre a mesma, a de que o sistema estava fora do ar em razão da alta demanda.
Até que, alguns dias depois, sempre segundo seu relato na ação, veio a “amarga surpresa”: ao entrar na plataforma, sua conta tinha um saldo de apenas treze centavos.
Ao reclamar, ouviu do atendente que havia perdido tudo em novas apostas.
Ela afirmou à Justiça, que isso não é verdade, e que uma das provas desse fato é que não recebeu o cashback de 10% que a empresa repassaria ao apostador sempre que é derrotado.
A mulher, aposentada por invalidez em razão de graves problemas cardíacos, afirmou no processo ter passado mal e que precisou ser hospitalizada por conta do episódio.
“Imagine, excelência, a autora [do processo], pessoa de origem humilde, ter a alegria de ganhar o valor de R$ 109.104,63, não conseguir sacar o prêmio e, de uma hora para outra, esse dinheiro simplesmente sumir”, afirmou à Justiça a advogada Vanessa Silva Dutra, que a representa.
Galera Bet nega dívida
A Galera Bet se defendeu no processo afirmando que a aposentada “faltou com a verdade”.
Segundo a empresa, na madrugada de 18 dezembro de 2022, a aposentada acessou o site e “dilapidou” todo o prêmio acumulado em novas apostas.
Disse ainda que as apostas foram feitas a partir do mesmo dispositivo e do mesmo local (endereço IP) que ela utilizava habitualmente.
A aposentada “não apresentou nenhuma prova da sua narrativa”, afirmou o site Galera Bet no processo.
A mulher respondeu na ação que estava em uma festa na madrugada citada pela empresa e que a versão apresentada é uma “fraude”.
Pediu a realização de uma perícia.
O processo, que tramita na 1ª Vara de Brotas, no interior paulista, ainda não foi julgado.
UOL