Autoridade eleitoral da Venezuela diz que entregou atas da eleição à Justiça

O chefe do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Elvis Amoroso, diz que entregou à Corte Suprema da Venezuela as atas das eleições presidenciais. O órgão eleitoral, alinhado ao atual presidente, Nicolás Maduro, indica a reeleição para um terceiro mandato.

Maduro pediu à Corte que analisasse o resultado para “certificar” o processo após denúncias de fraude da oposição.

“Entregou-se tudo o que foi solicitado pelo máximo Tribunal da República”, disse Amoroso durante a audiência, sem dar maiores detalhes. Tanto o CNE quanto o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) são acusados pela oposição de servir ao chavismo no poder.

Maduro foi proclamado vencedor da eleição pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano na semana passada com 51,95% dos votos, enquanto o candidato da oposição, Edmundo González, recebeu 43,18%, com 96,87% das urnas apuradas, segundo números atualizados na última sexta (2).

O presidente da autoridade eleitoral é um aliado do presidente.

A oposição e a comunidade internacional contestam os números divulgados pelo CNE e pedem a divulgação integral das atas eleitorais. Diversos países do mundo, observadores internacionais da eleição, a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a União Europeia não reconhecem o resultado e pedem a divulgação das atas eleitorais. O Centro Carter, ONG que observa democracias e eleições pelo mundo, disse que a eleição “não pode ser considerada democrática”.

González se autodeclarou presidente eleito da Venezuela nesta segunda (5). A autoproclamação de González tem caráter simbólico, porque segundo a legislação venezuelana quem tem poder legal de proclamar um novo presidente é o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), autoridade eleitoral do país.

Após a autoproclamação de González, o Ministério Público da Venezuela abriu uma investigação criminal contra o candidato e contra Maria Corina Machado pos, supostamente, atuarem “às margens da Constituição” ao “anunciar falsamente” que González foi eleito no último 28 de julho.

G1

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